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Abril amarelo: Pará registra mais de 180 casos de câncer ósseo de 2018 a 2020

2.700 casos novos de câncer ósseo poderão ser diagnosticados em 2022, segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC)

Emanuele Corrêa

O câncer ósseo representa 2% dos casos de tumores na população brasileira. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), 2.700 casos novos de câncer ósseo poderão ser diagnosticados em 2022. Como as causas da doença ainda são desconhecidas - os estudos a respeito continuam sendo desenvolvidos -, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. O mês de abril, conhecido como o mês amarelo, chama atenção ao assunto.

O público mais atingido é o infanto-juvenil (até os 20 anos) e idosos. No Pará, no período de 2018 a 2020, foram apontados 181 casos pelo Registro Hospitalar de Câncer (RHC). Nas crianças e adolescentes, o tipo mais comum, é o Osteossarcoma. O câncer ósseo, normalmente, afeta os ossos longos dos braços e coxas, coluna e bacia, aponta a SBC.

A médica oncologista, Larissa Von Grapp, explica o surgimento das lesões e os tipos, que podem ser classificados como primário - caracterizado pela produção de células anormais no tecido ósseo - e secundário ou metastático - quando ocorre o espalhamento das células vindas de outros órgãos, em metástase, como o câncer de mama, por exemplo.

"O câncer ósseo é a lesão que surge no osso, podendo ser tanto o que se originou no osso, quanto de metástase de outros órgãos, principalmente: mama, próstata, pulmão, rins, etc. A doença corresponde a 2% dos casos. De fato os tumores primários são raros, mas eles têm impactos significativos em termos de morbidades e mortalidade, quando diagnosticados principalmente numa fase avançada. É importante para as pessoas atentarem aos sintomas como dor óssea que surge sem trauma, que só progride, precisa de investigação. Vai no clínico, que faz radiografia simples e se aparecer algo será encaminhado ao oncologista", explica a especialista.

De acordo com a médica os principais sintomas são as dores localizadas nos membros, mesmo sem algum trauma - pancada ou queda - e que persiste. Além disso, em alguns caso, inchaços ou endurecimento da região são sintomas que indicam a necessidade de buscar por um médico especialista. Larissa aponta que o sucesso do tratamento está intimamente ligado ao diagnóstico precoce. "Todo tratamento que é feito de maneira precoce, ou seja, quando a doença está localizada e no estágio inicial, ele é bem sucedido. As doenças mais avançadas, em metástase, muitas vezes o tratamento não tem a intenção curativa ou demanda mais tratamentos, quimioterapia, cirurgias, mas vai depender do tipo de tumor, estadiamento da doença e faixa-etária", afirmou.

"Tanto os tumores primários, quanto secundários vão surgir com dor, que dura de várias semanas a meses, vai progredindo de intensidade. Pode ocasionar limitação de movimento, em alguns casos é possível sentir uma massa endurecida, devido ao osso. Esses são os principais [de alerta da doença]", finalizou.

 

Conheça os principais sintomas

O câncer ósseo acomete, principalmente crianças, adolescentes e idosos. E os vários tipos podem ser relacionados a hereditariedade, como a outros fatores de riscos - como hábitos de vida - e advirem de metástase de outros órgãos. No geral, adotar bons hábitos de vida e realizar acompanhamento médico regular e anualmente para checar a saúde, bem como, principalmente conhecer o próprio corpo e atentar-se a mudanças como dores e aparecimento de inchaços, podem indicar que é hora de buscar um médico especialista e em caso de diagnóstico, mais chance de se curar da doença. Confirma os principais sintomas para ficar alerta:

Dor: dor constante, localizada, que dura de semana a meses. Um exemplo é a dor nas pernas ao caminhar ou realizar alguma atividade básica cotidiana.

Inchaço ou edema: localizado no mesmo lugar onde se sente dor. 

Nódulo: é possível perceber um nódulo ou "massa', um endurecimento na região que costuma doer ou inchar. 
Fraturas: em casos mais graves, os tumores ósseos podem enfraquecer o osso. As fraturas não são muito comuns, no entanto, associada aos outros sintomas podem acender o alerta.

Belém