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Ações de educação ambiental ganham força entre moradores de Belém

A capital conta com a parceria de moradores para coleta de resíduos, reciclagem e outras ações

João Thiago Dias / O Liberal

Em janeiro deste ano, Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), retomou projetos de educação ambiental e, hoje, atua com com uma equipe composta por 50 agentes ambientais, que fazem visitas em algumas áreas da cidade, onde existe falha de coleta e ponto de entulho, na perspectiva de promover ações contando com a parceria dos moradores.

Em 2020, foram contabilizados mais de seis mil materiais destinados à reciclagem, arrecadados pelas cooperativas. De janeiro a maio de 2021, essa arrecadação ficou em torno de 2 mil.

As ações de educação ambiental não estão restritas apenas à área urbana de Belém. Em maio passado, o serviço se estendeu também à região das Ilhas, mais especificamente às do Combu, Murucutu e Ilha Grande, conforme explicou o coordenador de Educação Ambiental da Sesan, Mauro Ribeiro

"Fizemos uma reunião com moradores da ilha Grande para terem conhecimento sobre o início da coleta nas ilhas próximas ao trapiche da Praça Princesa Isabel e orientá-los sobre como recolher esse material. Agora, estamos monitorando o trabalho, para saber se está sendo realizada corretamente", informou.

Cooperativas

Para desenvolver as ações dos projetos voltados à educação ambiental, a gestão municipal desenvolveu parceria com as cooperativas. Atualmente, a PMB tem em cadastro 11 cooperativas parceiras, envolvendo o total de 370 cooperados, que trabalham diretamente na coleta de materiais recicláveis.

Para o ordenamento dos trabalhos, as cooperativas seguem um roteiro específico para fazer a coleta na capital. A Cooperativa de Trabalho de Catadores de Materiais Recicláveis (Concaves) atende os bairros de Nazaré, Umarizal e São Brás.

"Nós estamos com 35 catadores que fazem a educação ambiental e a coleta seletiva dos materiais recicláveis, com a coleta de porta em porta", comentou Débora Baía, presidente da Concaves, localizada na Avenida Bernardo Sayão, entre Roberto Camelier e Quintino Bocaiúva.

A rotina dos coletores durante a arrecadação visa garantir a segurança de todos. “Os resíduos secos são separados dos úmidos, que é o material orgânico, as embalagens que têm resíduo são lavadas, se algum papel tiver dados pessoais, rasgamos e colocamos numa sacola individual. As garrafas de vidro quebradas são colocadas dentro de uma garrafa pet e passamos fita para fazer o isolamento dela. Mas, se forem muitas garrafas de vidro, são colocadas juntas em uma sacola”, detalhou Débora.

A liderança da cooperativa diz ainda que quando o material chega ao galpão passa pelo processo de triagem, para separar por cor e tipo. O de plástico é dividido, em pelo menos, oito categorias diferentes. Por exemplo, "com as garrafas pets é feita uma triagem específica, separando por cor, porque agrega valor ao material, tornando-o mais aceito pelas empresas e indústrias de reciclagens".

Na cooperativa Filhos do Sol, localizada na Travessa Padre Eutíquio, na Condor, o presidente da organização, Jorge Ribeiro, comenta que o processo de trabalho não é muito diferente da Concaves.

“Trabalhamos com coleta com garrafas pets, plásticos filmes, calçados, metais - lata, ferro, alumínio, cobre, vasilhas de margarina e qualquer tipo de material de limpeza, como shampoo, vinagre e óleo. Os únicos materiais que não recebemos é isopor e pedaços de madeira”.

Ação permanente

A política pública da Prefeitura de Belém voltada à educação ambiental está presente nas ações de vários órgãos municipais. Entre elas, o Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben), que realizou, no primeiro semestre deste ano, o "Plantio da memória", transformando a pracinha da Osvaldo, no Jurunas.

O que antes era um local de depósito irregular de resíduos sólidos transformou-se em um lugar especial aos moradores, onde plantaram mudas para homenagearem familiares e amigos que perderam a vida para a covid-19.

Belém