MENU

BUSCA

13 de Maio: momento de denunciar o racismo estrutural; vídeo

Eventos marcarão a sexta-feira (13) em Belém com abordagem da necessidade de igualdade racial entre cidadãos

Eduardo Rocha

No dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea (Lei n.º 3.353), abolindo a escravatura no Brasil. Esse momento da história do Brasil é lembrado no dia 13 de maio. No entanto, para cidadãos negros no país, a data reacende a necessidade da reflexão sobre racismo que perdura na sociedade brasileira. Por isso, eventos em Belém, nesta sexta-feira (13), vão marcar essa resistência à discriminação racial. Às 16 horas, no Ver-o-Rio, será realizado um ato de celebração para marcar a sanção do Estatuto da Igualdade Racial do Município de Belém.

O prefeito Edmilson Rodrigues; a coordenadora da Coordenadoria Antirracista de Belém (Coant), Elza Rodrigues; a professora e ex-vice-reitora da UFPA, Zélia Amador, fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), e  lideranças afro-religiosas participaram do evento, que terá como atração cultural o grupo afro Axé Dudu, do Cedenpa.

VEJA MAIS

Episódio de racismo entre Rodolfo e João Luiz no BBB completa um ano; relembre o caso
Na época, Rodolffo Matthaus se retratou sobre o comentário em relação ao cabelo do professor João Luiz dentro e fora da casa, pedindo desculpas publicamente sobre a ação

Racismo Religioso: Homem ameaça com facão membros de religião de matriz africana em Ananindeua
No vídeo, o homem com a arma branca em mãos chama o grupo de “um bando de demônios que querem fazer o mal”, entre outros xingamentos e palavrões direcionados aos religiosos

Ressignificação

"A promulgação da Lei Áurea, no dia 13 de maio, foi apresentada como uma data importante porque representa a libertação dos escravos; mas não foi bem assim. Nós, do Movimento Negro, nós ressignificamos essa data. Para a a gente, é uma data que representa um movimento de luta porque já vinha acontecendo uma pressão anterior a essa data, e, mesmo depois, do dia 13 de maio, grande parte da população negra no Brasil continuou vivendo em condições sub-humanas", afirmou Aiala Colares. "O racismo estrutural corta a gente por dentro, ele nos atravessa, porque é uma ferida que fica", assinala o professor.

Como resultado desse processo, grande parte da população carcerária no Brasil  é formada  por pessoas negras. Como também ressalta o professor Aiala, a cada três pessoas assassinadas no país duas são negras.

O professor relatou que em uma abordagem policial que sofreu foi inquirido a abrir a mala e a responder a um interrogatório; em outra abordagem, foi classificado como suspeito de tráfico; no dia em que acabou de fazer sua matrícula no curso universitário, ainda com a careca de calouro, Aiala foi confundido como assaltante de uma padaria.

Belém