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A Semana Santa e as Cidades Históricas de Minas

Rodrigo Vieira

É quase impossível falar em Páscoa e não lembrar das Cidades Históricas de Minhas Gerais. É nesta época do ano que o turismo religioso ganha ainda mais força por lá. Em tempos normais, as igrejas realizam lindas celebrações, além da encenação da Paixão de Cristo. 

Em São João Del-Rei, uma das tradições seculares é o Ofício das Trevas, que reconta o sofrimento de Jesus por meio de orações, salmos e leituras. A cada salmo rezado uma vela é apagada do candelabro triangular que fica sob o altar. Ao todo, 14 das 15 velas são apagadas. Apenas a que fica mais ao centro é mantida acessa e representa a luz de Cristo. 

Em Congonhas, as procissões, ao som das matracas e do toque fúnebre das bandas de música, relembram o cortejo de Jesus aprisionado. Mais de 200 atores representam figuras bíblicas. Na quinta-feira, na Praça da Igreja Matriz, há encenação da Santa Ceia. Na sexta à noite, um dos pontos altos é a representação da Crucificação de Cristo no Adro dos Profetas. 

Em Mariana, as festividades incluem celebrações, Malhação de Judas e decoração das ruas com tapetes de flores e serragens coloridas. Na Procissão das Almas, uma das mais tradicionais, os fiéis se cobrem com lençóis brancos e, com velas nas mãos, saem pelas ruas do centro histórico da cidade. 

Em Ouro Preto, onde o Bagagem de Bolso esteve em 2019, arte e fé se misturam e atraem a atenção dos fiéis e visitantes. A cidade organiza as festividades ao longo de toda a semana, que envolve concertos de música sacra colonial e encenações litúrgicas nas escadarias e adros das igrejas. Há uma tradição no revezamento entre duas igrejas de Ouro Preto para realizar a encenação da Paixão de Cristo. Para o Domingo de Páscoa, os fiéis se reúnem na confecção dos tapetes coloridos para a famosa procissão da ressurreição.

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