Oportunidades na era digital
Modernização propicia uma série de benefícios a advogados
O exercício do advogado no mercado de trabalho tem sofrido transformações por conta da evolução tecnológica e digital nos últimos anos, em uma realidade diferente da que era vista anos atrás. Desembargador com mais de quatro décadas de experiência profissional, com foco na área penal, e professor da Fibra, Rômulo Nunes afirma que a era digital, com a chegada de jovens advogados ao ambiente de trabalho e a modernização, tem acelerado de forma relevante a atuação profissional neste nicho.
“Hoje vivenciamos uma realidade diferente. O advogado não precisa sair de casa ou do escritório para resolver suas pendências jurídicas. O Processo Judicial Eletrônico (PJe) já é uma realidade e, como sempre proclamei, será a redenção do Poder Judiciário. Esse sistema deu novos rumos à execução dos serviços jurídicos. Estamos, pois, na era digital. A maior prova disso é que, durante a crise pandêmica, o Judiciário não parou e os profissionais da advocacia corresponderam exitosamente às atividades virtuais, mantendo-se, sobretudo, competitivos”, destaca.
Para ele, o advogado, nos termos da Constituição Federal, é indispensável à administração da justiça, formando, junto com o juiz e o Ministério Público, o tripé fundamental da tríplice jurídica. Segundo o magistrado, é aquele que representa legitimamente os interesses do cidadão, agindo como autêntico guardião das garantias coletivas e individuais. Mesmo com as mudanças nos últimos anos, Rômulo acredita que o curso de direito ainda é um dos mais procurados, porque, entre tantas vantagens, oferece extenso leque de oportunidades.
“A advocacia tem crescido em todos os segmentos. Li outro dia que o direito digital é o que deve gerar uma maior demanda na contratação de serviços advocatícios, seguido de compliance e tributário. Entretanto, isso não significa que as outras áreas estejam defasadas, pois, à medida em que a sociedade evolui, as demandas crescem e a própria criminalidade alavanca, inclusive com os delitos transnacionais”, avalia.
Próximo aos 47 anos de formação e com 43 anos de magistratura, Rômulo passou onze deles como juiz de primeira
e segunda entrância (interior), dez anos como juiz de terceira entrância (capital) e já está com 22 anos no exercício do cargo de desembargador atuando na esfera penal. O magistrado conta que sempre amou o direito e escolheu o curso justamente porque almejava seguir a magistratura. Desde quando iniciou na judicatura, conta que sempre procurou fazer justiça e seguir estritamente o mandamento da imparcialidade, pois assim estaria em paz com sua consciência.
“Só os que me conhecem têm condições de dizer se contribuí de alguma forma para essa transformação social. A modéstia me impede de julgar em causa própria”, declara.
Rômulo é hoje o decano da Corte, onde adquiriu experiência. No Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), exerceu todos os cargos: foi vice-presidente entre 2007 e 2008; presidente de 2009 a 2010; e diretor da então Escola Superior da Magistratura, hoje Escola Judicial, por dois biênios. Também foi presidente e vice do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA).
Rômulo Nunes
Curso de Direito do Centro Universitário Fibra
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