Praça da República abriga verde amazônico

A Praça da República é uma das principais áreas livres públicas da cidade de Belém. Nela, é possível encontrar símbolos da época da Belle Époque - como o Theatro da Paz e o monumento à República. O local também é bastante visitado pela extensa área verde que possui. São diferentes espécies de árvores e pássaros que compõem a paisagem do logradouro e encantam o público.

Paulo Porto, engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), explica que entre as espécies arbóreas da praça é possível encontrar mangueiras, samaumeiras, ipês, açaizeiros e palmeiras imperiais, por exemplo. Já entre a fauna, o que predomina são os pássaros, que circulam livremente.

Kléber Pinheiro, 30, mora próximo à praça. Para o administrador, o local é um importante espaço ambiental da cidade. “O conforto térmico trazido pelas mangueiras, a beleza visual das árvores, os pássaros, é muito bonito”, diz ele. “Sempre venho a praça com minha filha e ela gosta de brincar e se divertir na área verde que tem no lugar”, conta.

Ambiental

Professor doutor André Farias, do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) explica que a praça é um patrimônio histórico, cultural e ambiental de Belém. Ele ressalta ainda que do ponto de vista ambiental, o local se une a outros espaços da cidade - como o Bosque Rodrigues Alves e o Museu Paraense Emílio Goeldi - que são áreas importantes para o microclima da região.

O pesquisador explica ainda que com o passar do tempo a cidade tem perdido áreas verdes, então, locais como a praça, se tornam importantes. “Espaços como a praça da república, a praça Batista Campos e outras praças, são importantes tanto para o equilíbrio do microclima quanto para a reprodução da vida, no sentido da fauna e flora”, diz ele.

Mangueiras

Todo o projeto arquitetônico do logradouro passa por ideais do governo do intendente Antônio Lemos. Em sua gestão, o intendente importou e plantou centenas de mangueiras pela cidade, e a praça não ficou de fora. “O projeto urbanístico da praça da República foi muito bem pensado”, explica André. “No início, o local era um largo sem arborização. Então as mangueiras foram bem recebidas e bem organizadas porque o espaço era muito aberto, era descampado”, conta ele.

Hoje, as mangueiras são um dos símbolos do local e formam ainda o tradicional “túnel de mangueiras”. Este último, além de contribuir para o clima, também é referência em nível local e nacional para os visitantes e turistas que passam pela praça da República.