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Jornal Amazônia atravessa gerações mantendo viva a tradição do impresso

Jovens descobrem notícias diárias não apenas informação, mas também uma conexão com a tradição do jornalismo impresso

Gabriel Pires

Em uma jornada de 25 anos, o jornal Amazônia vem atravessando gerações e reafirmando a força do impresso em meio à era digital, com um público jovem que segue cultivando o hábito de folhear cada página. E ainda, descobrindo nas notícias diárias não apenas informação, mas também uma conexão com a tradição do jornalismo impresso e até mesmo a paixão pela leitura. Tendência essa que reforça o lema “Todo mundo lê”, que é sinônimo da história do jornal Amazônia.

Na rotina da analista de comunicação Raphaela Aguiar, de 23 anos, é no jornal impresso que ela enxerga um diferencial na forma de se atualizar sobre o que acontece. No dia a dia, ela não dispensa o Amazônia. “O jornal impresso fornece mais aprofundada e analítica dos fatos, o que é fundamental para que eu possa entender os contextos e as implicações das notícias que saem no dia. Sempre tive o hábito de ler jornal impresso. Na escola sempre participei de oficinas de Jornalismo”, conta.

Entre um tema e outro, Raphaela destaca que um dos atrativos do jornal Amazônia é uma abordagem jornalística plural - com pautas que enfatizam a diversidade do cotidiano, abrangendo os mais diversos perfis de leitores. E ainda, a credibilidade, que é marca registrada dessas duas décadas de existência do periódico: “O diferencial do jornal Amazônia é a sua capacidade de abordar temas locais e regionais de forma objetiva e oferecer uma visão única sobre os acontecimentos da nossa cidade e do mundo”.

“Eu consumo um pouco de tudo, gosto de estar informada sobre os acontecimentos do dia, mas matérias relacionadas à política, economia, cultura e entretenimento são os temas que geralmente leio mais”, afirma a jovem. Ao considerar que o leitor também faz parte do processo de produção de notícia, ela detalha o que também deseja ler nas páginas do Amazônia: “Eu gostaria de consumir mais matérias relacionadas à cultura, educação e impactos ambientais. Acho que esses temas são fundamentais para entender o mundo ao nosso redor”, relata.

Encanto

Diante de uma vivência totalmente diferente do modo de consumir notícia, essa nova geração não enxerga o impresso como ultrapassado, provando que, mesmo em tempos digitais, o jornal continua sendo elemento do cotidiano, é uma ferramenta que potencializa a leitura. “Ler o jornal impresso é uma forma de se conectar com o mundo de uma forma mais tangível e imersiva. É como se eu pudesse me teletransportar para o local do fato, sentir a atmosfera e entender melhor o contexto em que as notícias estão sendo geradas”.

“Além disso, o jornal impresso oferece para mim uma experiência sensorial única, o cheiro do papel e a sensação de segurar o jornal nas mãos. Tudo isso contribui para uma experiência de leitura mais rica e satisfatória. No meu dia a dia, observo a importância da circulação do jornal impresso de várias formas. Como eu também faço o clipping, preciso estar sempre atualizada sobre as notícias locais, e o jornal impresso é uma fonte confiável e objetiva de informação para mim”, acrescenta a jovem.

Também imersa no mundo da comunicação Raphaela aponta que “o impresso fornece mais aprofundada e analítica dos fatos, o que é fundamental para que eu possa entender os contextos e as implicações das notícias que saem no dia”. “Mesmo com a era digital, o jornal impresso continua sendo uma ferramenta essencial para mim, pois permite que eu me concentre na leitura e na análise das notícias sem as distrações e as notificações constantes das redes chegando a todo o momento”, reforça.

Temas locais

O advogado Lucas Bogea, de 26 anos, também não abre mão de ler o jornal impresso. “O hábito de ler o jornal impresso vem muito do meu avô materno, que incentivava a leitura, tanto em mim como na minha irmã e nos outros netos. Ele tinha pilhas e pilhas de jornal na casa dele. E também, ele sempre apoiou a leitura, que hoje em dia é algo tão defasado com as mídias digitais e com os vídeos curtos [nas redes sociais]. Sempre lemos muito”, relembra o jovem.

Lucas pontua que o diferencial do jornal Amazônia é a grande variedade de assuntos locais e de interesse público a nível regional. “Pouco se vê, na linha editorial do Jornal Amazônia em si, temas referentes a notícias de outros países, de outros estados. Não que não tenha, mas é que tem um enfoque menor. Isso é muito positivo, se for parar para pensar, porque a maioria dos jornais, hoje em dia, traz temas de outros lugares, que se esquecem da nossa localidade”, ressalta.

“É muito revoltante, para mim, saber mais sobre São Paulo do que saber sobre Belém, Ananindeua e Marituba, por exemplo. Isso, para mim, é algo que a própria imprensa, que se desenvolveu no eixo Rio-São Paulo, acabou fazendo com que isso fosse mais propício. E a gente pede o interesse nos problemas locais para se interessar em problemas de outros estados. Não que sejam menos importantes, mas faz mais sentido termos conhecimento, ciência e uma reflexão a respeito dos problemas locais”, reflete o advogado.

Com relação ao que mais costuma ler, Lucas frisa que é o caderno de Polícia. “As matérias que eu mais consumo são sobre criminalidade. Primeiro porque eu sou advogado criminalista. Então, entender a dinâmica do crime e a conduta social desviante é interessante e é essencial para o meu trabalho. Mas, também, por conta do fascínio que isso gera no ser humano. Há muito tempo, desde criança, sempre fui muito curioso com esses temas”, aponta.

“Já as matérias que eu gostaria mais de consumir no jornal Amazônia são assuntos atingidos à geopolítica, porque é um pouco trivial e um pouco desonesto da maioria das pessoas acreditar que Belém não é uma cidade ligada ao mundo. Nós estamos no mundo, nós fazemos parte dele. E, por isso, é muito importante entendermos que a nossa cidade se relaciona, ela tem uma história com outras cidades, com outros players globais do mundo. A gente não pode enxergar Belém e o Pará como algo à parte”, sugere.

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