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Agnaldo de Jesus detalha nova função no Remo, relação com jogadores e Marcelo Cabo: ‘Eu tenho o peso que eu tenho’

Coordenador de futebol do Remo desde o final do ano passado, Agnaldo de Jesus usa a idolatria e peso da história para inspirar e direcionar elenco do Leão ao caminho das vitórias

Pedro Cruz e Fabio Will

Agnaldo de Jesus tem um longo histórico de serviços prestados ao Remo. Foi várias vezes campeão como jogador, como técnico (com 100% de aproveitamento), teve acesso como auxiliar e ajudou a formar jogadores nas categorias de base. Agora, aos 55 anos, ganhou um novo desafio: ser coordenador do futebol azulino. A função é mais importante do que o nome aparenta. Ele circula entre atletas, comissão técnica e dirigentes para garantir a ordem e que o ambiente esteja propício aos bons resultados - caminho que ele próprio já provou que sabe trilhar.

“Essa função de coordenador fica entre o presidente do clube, a diretoria e o comando técnico, o Marcelo Cabo e o executivo [Thiago Gasparino]. Eu fico nesse meio intermediando algumas situações internas e externas do clube, tentando ajudar a organizar algumas coisas junto com o executivo Thiago, com o Marcelo e o presidente”, resumiu em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal.

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O convite foi feito pela diretoria no final do ano passado, quando tinha outros projetos profissionais em mente - inclusive fora do Pará. Mas a decisão de “voltar para casa” não foi difícil, explicou.

“Quando apareceu esse convite do [presidente] Fábio Bentes eu estava em Recife, como muitos sabem eu trabalhei no Sport Club do Recife. Fui no Vitória-BA, para ver algumas funções em outros setores e, por coincidência, recebi o convite do Remo para trabalhar na coordenação. [...] Para mim, retornar ao Clube do Remo é motivo de uma satisfação muito grande, já que eu nunca escondi de ninguém o amor, o respeito e a consideração que eu tenho por esse clube. Aprendi a amar o clube, faz parte da minha vida”, reitera.

Proximidade com jogadores

O passado como atleta faz de Agnaldo uma figura de fácil entendimento da rotina do time. “Entrar” na cabeça dos jogadores é uma das funções que acabam sendo compartilhadas com a comissão técnica. O auxílio à gestão de pessoas é uma parte importante do processo, já que a fala vem de uma figura que não é o treinador, mas tem o peso de um ídolo que construiu sua história no Baenão vindo de fora do estado e que escolheu Belém como lar.

“Eu sei da responsabilidade, sei que fui um ídolo do clube, sei da cobrança que existe, que vai existir, mas, só para lembrar vocês, já fui atleta do clube durante sete anos, tenho seis títulos. [...] O Marcelo Cabo me dá uma autonomia muito grande para que eu possa abordar os atletas em alguns quesitos. Não tenho interferência nenhuma em escalação, não tenho interferência em contratações”, salientou o coordenador.

Há praticamente dois meses no cargo, Agnaldo de Jesus celebra o novo momento no clube e já vê algumas reações dentro do plantel. Como o abraço de Soares no gol marcado pelo meia contra o Independente Tucuruí, na estreia do Parazão, por exemplo.

“Sei o que eu posso fazer e o que eu não posso fazer. Eu tenho os meus limites, sei até onde eu posso chegar e até onde eu não posso chegar. Quando tenho alguma dúvida eu me direciono ao presidente ou Marcelo ou ao executivo. Eu não faço nada ‘da minha cabeça’ no sentido de tomar alguma decisão drástica. Agora, eu tenho sim autonomia do Fábio [Bentes] de poder decidir algumas coisas dentro do clube. Porque, senão, eu não estaria ali só por estar. Eu tenho o peso que eu tenho, eu tenho as conquistas que eu tenho. Tudo com trabalho, com honestidade e com lealdade”, finalizou.

O Liberal