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‘Jardineiras da floresta’: conheça mais sobre as antas, espécie em risco e presente na Amazônia

BioParque Vale Amazônia realiza projeto de conservação e conscientização das antas em Parauapebas

Fabrício Queiroz

O nome popular do maior mamífero terrestre brasileiro é geralmente utilizado para desqualificar alguém como uma pessoa com pouca inteligência ou ignorante. No entanto, o que o senso comum não sabe é que as antas (Tapirus terrestris) são animais inteligentes, bem adaptados ao seu ambiente e dão uma grande contribuição para a manutenção da diversidade da flora.

Em geral, a anta é solitária ou anda com poucas companhias, costuma descansar seu corpo de mais de 200 kg durante a manhã para economizar energia e procurar alimento durante a noite. Pesquisas indicam que ela pode andar por até 5 km, trajeto no qual se alimentam das mais variadas folhas, fibras e frutos, como o miriti. Nesse percurso, as sementes acabam dispersas por onde passam, contribuindo assim para o nascimento de novas árvores. Por essa razão, as antas são conhecidas também como as jardineiras da floresta.

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Com iniciativas como a do BioParque Vale Amazônia, a conservação da anta tem avançado com conquistas relevantes no contexto da região. Atualmente, o local possui cinco indivíduos de anta sob seus cuidados, sendo três machos e duas fêmeas. O BioParque também comemorou, no ano passado, o nascimento de um filhote que se encontra com a sua mãe no recinto em exposição. Além disso, nas visitas guiadas, é realizado um trabalhado de conscientização do público visitante sobre a importância da preservação das antas e qualquer outra espécie de animal da fauna amazônica.

 

Conheça mais sobre as antas:

Nome científico: Tapirus terrestris

Nomes comuns: Anta ou tapir

Tamanho: A espécie anta brasileira mede cerca de 1,80 cm e chega a pesar 225 kg

Características: A anta é geralmente reconhecida pelo focinho longo. Os dedos das patas são protegidos por uma grande unha em forma de casco.

Distribuição: Pode ser encontrada em diversas partes da América do Sul, no entanto já é considerada extinta em regiões do sul e do nordeste brasileiro.

Comportamento: Habita florestas e áreas úmidas. São excelentes nadadoras e podem se refugiar na água para escapar de predadores. Nas proximidades da água, ela também gosta de se alimentar de frutos de palmeiras e plantas aquáticas. Estima-se que a anta coma aproximadamente 9 kg de vegetação por dia.

Fonte: Guia curricular para educadores (tapir.org)

A Vida Pulsa na Amazônia