O que vai acontecer com o lixo de Belém?
Há um mês do fim do prazo para o encerramento das atividades do Aterro Sanitário de Marituba, ainda não existe resposta à pergunta: para onde vai o lixo de Belém?
Você já se perguntou o que aconteceria se, de uma hora para outra, não houvesse mais para onde levar o lixo aí da sua casa, da sua rua, do seu bairro... Pois saiba que esse caos paira perigosamente sobre a população de Belém e tem até data marcada, 30 de maio de 2019, quando devem ser encerradas as atividades do Aterro Sanitário de Marituba, que hoje recebe e dá destinação ao lixo da capital e das cidades de Ananindeua e Marituba, na Grande Belém.
Entenda essa polêmica aqui Queda de braço na destinação do lixo, em Belém
Há um mês do prazo para o fechamento do aterro, a #ConexãoAMZ procurou os atores envolvidos nessa história. O que queremos saber, assim como a maioria da população é para onde vai o lixo de Belém? A resposta, acreditem, ainda não está muito clara.
O Governo do Estado, responsável pela liberação do licenciamento ambiental, propôs a manutenção das atividades por mais um ano, com ampliação horizontal e vertical (alteamento) da área destinada a receber os resíduos. Já a Prefeitura de Belém quer que o aterro funcione por mais cinco anos e cobra do estado uma participação mais atuante na gestão do espaço, que atende os três maiores municípios da Região Metropolitana. Ambos reúnem hoje para mais uma rodada de negociações.
Na outra ponta, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) cobra uma solução definitiva para o problema. "Desde dezembro do ano passado, o MP vem notificando as prefeituras para que apresentem alternativas ao enceramento do aterro. Mas nenhuma proposta foi apresentada. A verdade é que as prefeituras não têm alternativas e a situação que a gente vislumbra é de caos total caso o aterro seja mesmo fechado", alerta a promotoria de Justiça e Meio Ambiente de Marituba, Ana Maria Magalhães.
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Atual responsável pela gestão do aterro, a empresa Guamá Resíduos Sólidos apresentou na sexta-feira (25) um estudo de viabilidade técnica para ampliação das atividades, como quer o governo do estado. Mas, segundo a assessoria de comunicação, o posicionamento da Guamá é de encerrar as atividades no próximo dia 30, como já havia anunciado. Ao MP a empresa informou que não existe possibilidade de manter o funcionamento sem aporte financeiro.