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Imprensa é aliada no combate às notícias falsas

Agências de checagem e regulamentação das redes sociais são algumas medidas contra o desvirtuamento da informação

Luzia Nadja Guimarães Nascimento

Luzia Nadja Guimarães Nascimento

Especial para o Liberal

 

As informações falsas, criadas com intuito de espalhar uma inverdade, legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma determinada pessoa ou grupo, são antigas. Não nasceram na contemporaneidade. No entanto, uma nova forma de espalhar inverdades foi moldada com o advento da internet, a rede mundial de computadores que surgiu na chamada pós-modernidade, mais precisamente no final da década de 1960, nos Estados Unidos, e foi amplamente difundida a partir dos anos 1990.

A internet chegou para revolucionar o planeta, com uma velocidade e um feixe de conexões gigantescos entre as pessoas. É inegável que ela tem colaborado para a democratização do espaço cibernético e da informação, porém, por outro lado, também trouxe um modo reativo de produzir e lidar com a notícia e a informação.

As notícias falsas ou fake news, por conta da velocidade da rede de computadores, ganharam vigor e poder imensuráveis levando o mundo a enfrentar um dos mais graves problemas dos últimos tempos, pois não se trata apenas de uma informação mal apurada, mas de uma informação falsa.

Nesse contexto, vale ressaltar os esforços mundiais voltados para a criação e atuação das agências de checagem e as regulamentações das redes sociais no combate às notícias falsas, que atuam por meio de normas, sem recair nos equívocos da censura. Destaca-se ainda o empenho da imprensa destinado a apontar o melhor caminho para se obter informação, o jornalismo profissional. 

Sabemos que a imprensa livre e atuante, que visa a cumprir a sua função social de informar e traduzir os fatos para a sociedade, é um dos pilares da democracia. Dessa forma, o jornalismo é fundamental para combater a desinformação. E isso tem sido feito em um contexto mundial. Hoje, os meios de comunicação, além de divulgar fatos, tem tentado combater as fake news, inclusive com a produção de matérias construtivas.

No caso específico da Justiça Eleitoral, tradicionalmente, a imprensa tem sido uma grande aliada na difusão da informação clara, precisa e bem apurada. Em alguma medida, contar com esse apoio tranquiliza o Poder Judiciário Eleitoral que é responsável por fazer as eleições em um país de dimensões continentais, realidades regionais muito diferentes e carências profundas da sociedade nos aspectos sociais, educacionais e tecnológicos.

* Luzia Nadja Guimarães Nascimento é desembargadora, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE)

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