Quem pode ser doador de medula óssea no Brasil? Saiba tudo

Saiba os critérios para cadastro e entenda como funciona a compatibilidade entre doador e paciente

O Liberal
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O Brasil conta atualmente com 5,78 milhões de voluntários cadastrados para doação de medula óssea, segundo dados divulgados em julho de 2024 pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). Apesar do número expressivo, cerca de 650 pessoas ainda aguardam por um transplante não aparentado — quando não há parentesco entre doador e receptor.

O procedimento, conhecido como transplante de células-tronco hematopoéticas, é indicado para pacientes com leucemias, linfomas e outras doenças graves do sangue e do sistema imunológico.

O que é o REDOME?

O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) é administrado em parceria com o Ministério da Saúde. Ele centraliza informações de quem deseja doar, auxiliando médicos na busca por compatibilidade entre doadores e pacientes. Atualmente, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.

Como funciona a compatibilidade

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A compatibilidade entre doador e paciente é definida pelo exame de histocompatibilidade (HLA), que avalia fatores genéticos relacionados às células-tronco hematopoéticas. Esse processo reduz riscos de rejeição, mas também explica por que muitos cadastrados nunca chegam a doar: encontrar um “match” adequado é raro.

Quem pode ser doador

Para se cadastrar no REDOME, é preciso cumprir critérios básicos:

  • Ter entre 18 e 35 anos no momento do cadastro;
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Não apresentar doenças impeditivas, como hepatite C, HIV, câncer, doenças autoimunes, síndrome de Guillain-Barré, doença de Crohn, epilepsia não controlada, diabetes, hipertireoidismo, tuberculose extrapulmonar ou esquizofrenia.

Após o cadastro, o voluntário permanece ativo até os 60 anos. Pacientes têm maior sobrevida quando o doador tem menos de 40 anos, o que reforça a preferência por pessoas mais jovens.

Passo a passo para se cadastrar

  • Cadastro inicial: pelo site ou aplicativo do REDOME ou diretamente em um hemocentro;
  • Exame de sangue: coleta para análise do HLA em um hemocentro;
  • Atualização de dados: manter telefone e endereço corretos é essencial para contato rápido;
  • Confirmação de compatibilidade: caso haja um paciente compatível, o doador passa por novos exames antes da coleta.

Como acontece a doação

A coleta pode ser feita por punção ou aférese. No primeiro caso, realizada em centro cirúrgico sob anestesia, a medula é retirada do osso da bacia por meio de punções. Na aférese, o doador recebe um medicamento por cinco dias que aumenta a quantidade de células-tronco no sangue, depois passa por um processo semelhante à doação de sangue.

O material é armazenado em bolsas especiais, congelado e transportado até o paciente. O corpo recompõe naturalmente as células doadas em até duas semanas. Os efeitos adversos, quando ocorrem, costumam ser temporários e leves.

Um gesto que salva vidas

Cada novo cadastro no REDOME pode representar a chance de cura para pacientes com doenças graves. O transplante de medula óssea, em muitos casos, é a única alternativa. Tornar-se doador é um ato de solidariedade que pode transformar vidas.

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