Megaoperação no Rio com 2,5 mil policiais mira traficantes do Comando Vermelho

Até o momento, 55 pessoas foram presas e dois policiais, baleados. Em represália, a facção lançou bombas no Complexo da Penha

Estadão Conteúdo

Uma megaoperação no Rio de Janeiro com 2,5 mil policiais civis e militares é realizada nesta terça-feira, 28, nos complexos do Alemão e da Penha para tentar prender integrantes do Comando Vermelho (CV). Dois homens foram presos e um fuzil apreendido, logo na chegada dos agentes pela Rua Uranos, que dá acesso ao complexo da Penha.

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"A Operação Contenção visa capturar lideranças criminosas do Rio e de outros Estados e combater a expansão territorial do Comando Vermelho. Os dois complexos abrigam 26 comunidades", disse a Polícia Civil do Rio.

A ação, que também conta com o apoio de promotores do Ministério Público Estadual, foi deflagrada a partir de mais de um ano de investigação e mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

"Ao longo do dia serão cumpridos os mandados de prisão e de busca e apreensão, obtidos na Justiça após investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes", disse a Polícia Civil do Estado.

Policiais militares do Comando de Operações Especiais e das unidades operacionais da PM da capital e região metropolitana participam das ações.

Já a Polícia Civil mobilizou agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.

"Estamos atuando com força máxima e de forma integrada, para deixar bem claro que quem exerce o poder é o Estado. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado", disse, por meio de nota, o governador Cláudio Castro.

A Operação Contenção é reforçada com tecnologia avançada, incluindo drones, dois helicópteros, 32 blindados terrestres, 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM e ambulâncias para resgate.

No total, 100 mandados de prisão contra integrantes do CV foram emitidos. Entre eles, há 30 de outros estados, inclusive para membros da facção no Pará.

Até o momento, 58 pessoas já foram presas e cinco homens baleados estão sob custódia no Hospital da Penha. Outros quatro suspeitos, sendo dois da Bahia, foram mortos durante o confronto. Entre os presos, está Edgar Alves de Andrade, conhecido como "Doca" ou "Urso", suspeito apontado como um dos chefes do Comando Vermelho e operador financeiro.

Na operação, três moradores foram vítimas de bala perdida e levados ao Hospital Getúlio Vargas. Atingida de raspão, uma mulher que estava na academia e já recebeu alta. As duas pessoas são homens, um encontrado em um ferro-velho, baleado nas costas e levado ao Hospital Getúlio Vargas, e outro em situação de rua.

Além dos moradores, um policial do Bope foi baleado de raspão na perna em uma troca de tiros e foi levado ao Hospital Central da Corporação, no bairro do Estácio, sem risco de morte. O delegado Bernardo Leal, da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes), também foi baleado na perna e a corporação afirma que ele está bem e não sofre riscos. Um policial civil foi baleado no pescoço e não resistiu, e outros três da Polícia Civil e um policial militar também levaram tiros.

Já foram apreendidos 10 fuzis, uma pistola, três celulares, nove motos e oito quilos de maconha. Em represália, a facção criminosa lançou bombas, por meio de drone, no Complexo da Penha.

Matéria em atualização.

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