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Jovem vende leite materno para fisiculturistas e lucra alto

McKenzine Stelly cobra mais caro de atletas que buscam proteínas no produto, mas especialistas alertam para riscos

Jennifer Feitosa
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A norte-americana McKenzine Stelly, de 23 anos, encontrou uma forma inusitada de lucrar com a maternidade: a venda de leite materno para fisiculturistas. O público, obcecado por proteínas, acredita que a bebida pode ajudar no ganho de massa muscular, embora especialistas alertem que não há comprovação científica.

McKenzine é mãe de dois filhos. O mais velho, Elias, hoje com quatro anos, teve dificuldades para amamentar por ter nascido com dois dentes inferiores. Já com o segundo filho, Rhett, a amamentação ocorreu sem problemas — e foi nesse período que ela percebeu produzir leite em quantidade acima da média.

De doação a negócio lucrativo

No início, ela doava o excedente para uma agência hospitalar, recebendo US$ 1 por unidade (cerca de R$ 5,48 na cotação atual). Ao publicar nas redes sociais sobre o volume que produzia, chamou a atenção de atletas, que passaram a ver no leite materno uma possível aliada para os treinos.

No ano passado, McKenzine começou a vender o produto para esse público por US$ 5 (cerca de R$ 27,40), obtendo uma renda mensal de aproximadamente US$ 3.500 (R$ 19,1 mil).

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O leite materno ajuda na hipertrofia?

De acordo com a nutricionista Juliana Andrade, o leite materno é rico em gorduras boas, enzimas e anticorpos, essenciais para o desenvolvimento de recém-nascidos. No entanto, ela afirma que não há garantias de que esses benefícios se reproduzam em adultos.

“A finalidade do leite materno é o crescimento saudável de um bebê, e não a hipertrofia muscular. Além disso, sua quantidade de proteínas é menor do que a encontrada em suplementos esportivos. No adulto, o efeito sobre a massa muscular é praticamente nulo”, explica.

Riscos e falta de regulação

Juliana também alerta para os riscos sanitários da prática. Um estudo nos Estados Unidos apontou que 75% dos leites maternos vendidos pela internet estavam contaminados com bactérias perigosas. Sem regulamentação, não há como garantir a procedência do produto.

“Na ausência de comprovação científica e diante dos riscos, a recomendação é ter cautela. Algo natural não é sinônimo de segurança ou benefício garantido”, reforça a nutricionista.

(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)

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