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Como é a nova espécie de morcego descoberta no Brasil

Descoberta da nova espécie tem importância do ponto de vista do controle e monitoramento de zoonoses de origem silvestre

Estadão Conteúdo
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Um grupo de pesquisadores do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica descobriu uma nova espécie de morcego no Brasil. O animal pesa seis gramas e é insetívoro, ou seja, se alimenta de insetos.

Ele foi batizado como Myotis guarani, em homenagem a etnia indígena que originalmente ocupava as áreas de distribuição da nova espécie - Pantanal, Chaco e parte do Cerrado e da Mata Atlântica no Brasil, na Bolívia, no Paraguai e na Argentina.

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O programa funciona em parceria com cientistas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), da Universidade do Porto, de Portugal, e do Smithsonian Institution, dos Estados Unidos. O resultado foi publicado na Journal of Mammalogy, uma revista internacional de biologia e taxonomia de mamíferos.

De acordo com Roberto Novaes, primeiro autor e correspondente do artigo, morcegos Myotis guarani já foram vistos e fazem parte de coleções e museus pelo mundo há mais de 120 anos.

Isso porque eles eram confundidos com outras espécies do gênero Myotis. Ao todo, são mais de 35 espécies neotropicais muito parecidas entre si - a diferenciação, geralmente, é feita por teste genético.

Manutenção e equilíbrio de ecossistemas

A descoberta da nova espécie tem importância do ponto de vista do controle e monitoramento de zoonoses de origem silvestre, que podem impactar tanto a saúde pública quanto a economia. Isso porque os morcegos, únicos mamíferos que voam, funcionam como reservatórios de diversos microrganismos.

Segundo a Fiocruz, os morcegos possuem um papel fundamental na manutenção e no equilíbrio de ecossistemas, realizando serviços ecológicos de polinização, dispersão de sementes nativas e controle de populações de insetos considerados pragas agrícolas e vetores de doenças.

"Esse morcego (Myotis guarani) pode comer mais de 200 insetos (mariposas, mosquitos e besouros) por noite", afirma Novaes.

"Isso enfatiza a necessidade de programas de conservação específicos para esses animais, assim como o manejo adequado de populações em contato com humanos."

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