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Amazônia Produtiva discute mineração sustentável

Atividade mineradora terá abordagem pelos aspectos social e ambiental

Camila Moreira

O futuro da mineração, a sustentabilidade e o desenvolvimento da Amazônia serão debatidos no próximo dia 11 de dezembro, na primeira edição do Amazônia Produtiva, uma série de três summits, com realização do Grupo Liberal. Neste primeiro summit, o foco das discussões será "Os aspectos Socioambientais e Econômicos da Atividade Mineral". A programação, que tem inscrições gratuitas pelo portal www.oliberal.com/summit, será realizada no Belém Hall, na capital paraense. O Summit Amazônia Produtiva tem o patrocínio da Vale e apoio do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral).

A programação será iniciada com a palestra "Indústria 4.0. O Futuro da Mineração", que será ministrada por Cinthia Rodrigues, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Cinthia é responsável pelos estudos econômicos, pela produção e análise de dados setoriais e diplomacia empresarial. Ela integra a coordenação e gestão de projetos para indústria extrativa do Instituto. Formada em Relações Internacionais e especialista em Negócios Internacionais e Comércio Exterior, atuou, por sete anos, como consultora de Mercado Internacional na Petrobras para projetos e novos negócios envolvendo óleo e gás, energia, biocombustíveis e óleos não convencionais. Após a palestra de Cinthia Rodrigues, haverá uma roda e conversa e intervalo para almoço.

A partir das 14h, será a vez de Igor Alves, doutor em Geologia Sedimentar pela Universidade Federal do Pará (UFPA), conduzir o painel "Gestão de resíduos sólidos e práticas de responsabilidade socioambiental na indústria da mineração". Em seguida, haverá uma roda de conversa. Especialista na área hídrica e ambiental, Igor atuou em gestão do meio ambiente, tem experiência como professor de educação ambiental, é pesquisador, coordenador e professor de curso universitário, atuando nos temas: mudanças climáticas e variação do nível do mar no quaternário, educação ambiental e gestão ambiental, gestão de resíduos sólidos e coleta seletiva de resíduos sólidos.

Caberá ao diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Eduardo Leão, apresentar o tema "A visão do futuro: desafios e tendências da atividade mineral", a partir das 16h. Eduardo possui MBA em gestão empresarial, é mestre em Hidrogeologia, pós-graduado em Gestão de Recursos Hídricos e Gestão Ambiental Industrial, e atua como engenheiro sanitarista e ambiental, com 15 anos de experiência em gestão mineral, ambiental, elaboração de projetos, planejamento estratégico, geração de valor, gestão orçamentária, desenvolvimento social e agricultura familiar, certificações ISO 9000, 14000 e RSPO. Após a apresentação de Eduardo Leão, o público contará com uma roda de conversa, antes do encerramento da programação.

"A indústria da mineração está sempre muito atualizada tecnicamente por dois motivos: pelo melhor aproveitamento mineral, ou seja, extrair mais minério daquela rocha, por exemplo, e pela questão tecnológica, muitas vezes alinhada com a sustentabilidade, que é usar menos explosivos, ser menos agressivo ao meio ambiente, usar tecnologias limpas, usar menos recursos hídricos, como são as minerações sem barragens. São quatro grandes pilares: tecnologia, energia, minério e escoamento/logística. Sem eles, a mineração, em qualquer escala, não sobrevive", afirma o diretor da ANM.

FUTURO

De acordo com Eduardo Leão, é possível ter uma mina de ferro, uma das maiores do planeta, dentro de uma unidade de conservação, na Floresta Nacional de Carajás, com uso de menos de 3% da área útil do local. "Talvez o ponto mais importante pra mineração do futuro é o impacto social, que acho que deve ser levado mais em consideração. Fazer mineração com a melhor transparência possível, onde a comunidade saiba o que esta sendo feito ali, onde a sociedade saiba o retorno que irá receber. Acredito que essa é uma reflexão importante", destaca.

Ele apontou os benefícios do setor para diversas atividades econômicas. "Um iPhone, por exemplo, tem 58 minerais, entre eles, ferro, lítio, cobre e titânico. São minerais fundamentais para a evolução da sociedade. Sem contar os de alto valor, como cobalto e cromo, usados para altas tecnologias, como baterias e telas touch screen. É importante discutir a Amazônia, é importante discutir isso na Amazônia, a importância do homem dentro desse ecossistema. Não conhecemos o nosso território e talvez esse seja um outro gargalo. Que a gente possa conhecer nosso subsolo, nossas riquezas, saber que ele pode gerar mais riqueza, emprego e, a partir disso, decidir, de fato, se queremos uma mina em determinado lugar ou não", defendeu.

Conforme avalia o gerente de Relações Governamentais da Vale no Pará, José Fernando Gomes, este será um evento com o objetivo da troca de conhecimento, debate de ideias e de muita informação. "Entendemos que é algo fundamental para a formação de estudantes e de quem já está no mercado de trabalho. A mineração emprega milhares de pessoas no Pará. São quase 28 mil empregos só na Vale. Além disso, trabalhamos fortemente a inovação no setor. O estado é minerador e precisa conhecer mais sobre esse setor", acrescenta. 

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