Você sabia que segurar espirro não é saudável? Confira os riscos dessa prática
Conter o espirro pode ser mais perigoso para as pessoas que sofrem com rinite e sinusite

No dia a dia, segurar o espirro é considerado algo normal para muitas pessoas, seja por motivo de vergonha ou mesmo por inconveniência em um local importante. Mas o que muitos ainda não sabem é que essa prática é caracterizada como um reflexo de defesa do corpo, que possui o propósito de expelir partículas consideradas ruins do organismo, como as de poeira, fumaça, pólen ou até mesmo de microrganismos.
O que acontece com o corpo ao segurar o espirro?
Ao tentar segurar o espirro, a pressão que deveria ser liberada pelo nariz e pela boca acaba se deslocando para dentro do corpo. Com isso, esse movimento é considerado dezenas de vezes mais forte e intenso do que uma respiração normal (inspiração e expiração) e essa pressão normalmente se acumula em estruturas internas, como faringe, ouvido médio e vasos sanguíneos da cabeça e do pescoço.
“Deve-se reforçar que o saudável é não bloquear a passagem do espirro. Quando você bloqueia ambas estruturas, boca e nariz, você tem uma pressão fechada, um ambiente fechado. A chance de rompimento de vaso, de pressão no ouvido e de dor de cabeça é muito maior”, explicou a médica otorrinolaringologista Larissa Camargo, do Hospital Santa Lúcia (BSB), ao portal Metrópoles.
Além dessas consequências, o médico otorrinolaringologista Thiago Zaga também explicou que aqueles que sofrem com rinite e sinusite são mais propensos aos riscos provenientes da prática de conter o espirro. “Esses indivíduos já apresentam vias aéreas inflamadas e congestionadas, o que aumenta a resistência à passagem de ar. Segurar o espirro potencializa ainda mais a pressão intranasal, elevando o risco de dor, sangramentos nasais e complicações no ouvido”, destacou Zaga.
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Quais são os riscos de segurar o espirro?
- Dor de cabeça intensa;
- Lesões nas vias respiratórias;
- Deslocamento da cartilagem nasal;
- Ruptura de vasos sanguíneos;
- Danos graves ao ouvido médio;
- Pneumotórax (presença de ar na cavidade pleural);
- Infecções secundárias.
(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web em Oliberal.com)
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