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Raiva humana é a doença infecciosa mais letal, diz infectologista; veja como se prevenir

Vacinar anualmente cães e gatos é uma das principais formas de prevenir a raiva, já que consequentemente previne também a raiva humana

Ayla Ferreira*
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A raiva humana é uma doença com letalidade de aproximadamente 100%, sendo transmitida pela saliva de animais infectados através da mordida, e também pela arranhadura ou lambedura. É causa pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, que afeta mamíferos, incluindo pessoas. No Pará, o último caso foi registrado em 2018, no município de Melgaço, segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).

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Nesta semana, o paraense Matheus Santa Rosa dos Santos, de 24 anos, natural de São Caetano de Odivelas, morreu após contrair raiva humana na região de Oiapoque, no Amapá, levantando o debate sobre o tema nas redes sociais. De acordo com a médica infectologista Rita Medeiros, os primeiros sintomas da doença se parecem com os de outras viroses, com febre, dor de garganta e dor no membro onde o animal raivoso agrediu.

“Após alguns dias, surgem os sintomas da doença neurológica — uma encefalite (inflamação do cérebro, que pode causar sonolência, convulsões, confusão mental, entre outros sintomas). Na raiva causada por vírus de morcego, não há os famosos sinais de hidrofobia e salivação abundante, há progressiva paralisia das pernas e de outros músculos do corpo”, explica a médica.

Prevenção

Quando uma pessoa é agredida por animais silvestres ou domésticos, que não podem ser observados, a orientação é que sejam vacinadas contra a raiva e busquem orientação com um profissional da saúde. A médica Rita Medeiros destaca que já quase não há raiva por vírus caninos, devido à campanhas bem-sucedidas de vacinação de animais domésticos, como cães e gatos.

“Quando o cão ou gato fica doente e transmite ao homem, no Brasil, nos últimos anos, esses animais domésticos foram vítima de agressão por morcegos ou canídeos silvestres como o cachorro-do-mato. Agressões por saguis também são de risco, ou qualquer animal silvestre”, alerta. Para evitar riscos, a população nunca deve tocar em morcegos ou outros animais silvestres, principalmente se estiverem caídos no chão ou com um comportamento estranho.

A recomendação também vale para cães e gatos sem dono, especialmente se estiverem se alimentando, com filhotes ou dormindo, para evitar ataques. “Em casos de agressão por qualquer animal, é necessário procurar orientação médica. Hoje, no Brasil, deve-se vacinar contra a raiva em qualquer situação de agressão por animal mamífero silvestre, e isso inclui macacos domiciliados, além de cães e gatos de rua”, diz Rita.

Tratamento rápido pode evitar óbito

Sem a vacinação, e uma vez que a doença se instala no corpo, o paciente evolui para óbito. São raros os casos de sobreviventes quando não há tratamento a tempo. “Se feita o mais rápido possível, a vacina associada ao soro previne 100 % dos casos de raiva”, afirma a infectologista. O diagnóstico é confirmado de forma clínica com a detecção do vírus na saliva, e outras amostras de tecido e fluidos corpóreos.

Vacinar anualmente cães e gatos é uma das principais formas de prevenir a raiva, já que consequentemente previne também a raiva humana. Para o combate a doença, a Sespa informa que anualmente são realizadas campanhas de vacinação para cães e gatos que visam promover a proteção humana através da eliminação do vírus da raiva nos meios urbanos.

Além disso, ainda segundo a pasta, são ofertados cursos e capacitações para a rede de assistência e hospitalar sobre o esquema de profilaxia em casos de acidentes, seja por animais domésticos ou silvestres e há, ainda, a distribuição do imunobiológico competente, que é a Vacina Antirrábica Humana a todos os municípios do estado.

*Ayla Ferreira, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Fabiana Batista, coordenadora do Núcleo de Atualidades

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