Quem tem problema no coração pode fazer exercício? Veja atividades para cardiopatas
Com orientação médica, pessoas com doenças cardíacas podem se exercitar e fortalecer o coração com segurança
Praticar exercícios físicos mesmo tendo doenças cardíacas é possível, desde que haja acompanhamento médico e respeito aos limites do corpo. Segundo o cardiologista Edmo Atique Gabriel, formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em cirurgia cardiovascular, quem já sofreu infarto, arritmia ou passou por cirurgia cardíaca pode continuar se exercitando com segurança.
O caso recente do jogador Oscar, do São Paulo, que sofreu uma arritmia cardíaca, reacendeu o debate sobre os riscos e cuidados necessários para pacientes cardíacos durante atividades físicas.
Exercícios devem ser adaptados e acompanhados
De acordo com o especialista, em entrevista ao VivaBem, do UOL, o tipo de exercício e sua intensidade precisam ser avaliados caso a caso. Treinos de resistência intensa ou maratonas geralmente não são recomendados, pois podem sobrecarregar o coração.
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Já os exercícios moderados trazem diversos benefícios e podem ser usados na reabilitação. Entre os principais efeitos positivos estão:
- Melhora da circulação e fortalecimento do músculo cardíaco;
- Regulação hormonal e controle da pressão arterial;
- Prevenção de trombose e entupimentos vasculares.
Cuidados e sinais de alerta
Pacientes com histórico cardíaco devem manter os check-ups cardiológicos em dia. Os exames ajudam a reduzir riscos e a ajustar o tipo de treino ideal. Durante a prática, é importante interromper o exercício imediatamente se houver:
- Tontura;
- Palpitações;
- Dor no peito;
- Falta de ar intensa.
Comorbidades exigem atenção redobrada
Pessoas obesas ou hipertensas devem ter cuidado especial, pois o coração já trabalha com sobrecarga. Segundo o Dr. Edmo, jovens e atletas também podem desenvolver doenças cardíacas, caso ignorem sintomas ou negligenciem o acompanhamento médico.
Uso de marca-passo e arritmia
Quem utiliza marca-passo deve evitar atividades com impacto na região do peito, como artes marciais, futebol e vôlei, além de manter distância de campos magnéticos, que podem interferir no funcionamento do aparelho.
No caso de arritmia, é o diagnóstico que define os limites. O tratamento adequado e o retorno gradual ao exercício são fundamentais. O especialista alerta ainda que a medicação não deve ser interrompida, mesmo durante o treino.
“A pessoa que é cardiopata não deve abrir mão da medicação, seja durante exercício rotineiro ou de intensidade”, reforça Edmo.
(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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