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Proibição de cigarro eletrônico no Brasil: Conheça os riscos do uso de 'vape' e 'pod'

Nova norma aprovada pela Anvisa nesta sexta-feira (19/4), proíbe a produção, armazenamento, distribuição e transporte de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) no território nacional

Beatriz Moura

A comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil permanece proibida após a votação unânime dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (19/4). A nova norma proíbe a produção, armazenamento, distribuição e transporte de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), como vapes e pods, em todo o território nacional.

Conhecido pelos jovens como "pod" ou "vape", o cigarro eletrônico é tão prejudicial à saúde quanto o cigarro tradicional. Inicialmente, o aparelho tinha como "objetivo" reduzir os danos causados pelo tabagismo, quando, na verdade, acabou trazendo mais complicações. Conheça os riscos do cigarro eletrônico.

Riscos do uso contínuo de cigarro eletrônico

Câncer de Pulmão 

As inflamações e lesões causadas no trato respiratório não são os únicos problemas que o cigarro eletrônico é capaz de trazer à saúde. Os efeitos nocivos no corpo também aumentam o risco de desenvolver câncer de pulmão. 

Essa tendência recente levou ao desenvolvimento de diversas pesquisas em torno do tema. Ainda é necessário mais análises para encontrar resultados precisos, no entanto, um estudo feito com ratos expostos ao cigarro comum e ao eletrônico, na Universidade de Nova York, constatou que a incidência da doença era maior no método alternativo que no tabaco tradicional.

Doenças Respiratórias 

A inalação das substâncias utilizadas no cigarro eletrônico é capaz de irritar diversos órgãos do sistema respiratório. Consequentemente, pode aumentar o risco de desenvolver doenças nesse local.

Inclusive, uma delas não era sequer conhecida até alguns anos atrás. A Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico, traz uma lesão com caráter inflamatório aos pulmões, associada a diversos outros sintomas desagradáveis, como dor no peito, falta de ar, tosse frequente, febre e calafrios.

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Cansaço excessivo 

O cansaço excessivo também é uma das manifestações físicas dos danos à saúde provocados pelo uso do cigarro eletrônico. A dificuldade de realizar atividades cotidianas simples, que exigem pouco esforço, sem se cansar, aumenta, principalmente por conta dos problemas respiratórios.

Doenças Cardiovasculares 

A saúde do coração também fica em risco com o uso do cigarro eletrônico. Da mesma forma que as substâncias inaladas no dispositivo provocam inflamações no sistema respiratório, ao entrar em contato com a corrente sanguínea podem levar essa reação inflamatória aos tecidos do coração e das artérias.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) traz um alerta para o aumento do risco de desenvolvimento de síndrome coronariana aguda e, inclusive, de infarto, com o uso do cigarro

Falta de ar 

A falta de ar é um dos sinais das doenças respiratórias e ocorre devido aos danos provocados nos pulmões. Sintomas como esse são percebidos com frequência, até mesmo entre os jovens que utilizam os dispositivos eletrônicos.

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Dependência 

A nicotina causa dependência. Uma pessoa que não fuma e começa a usar cigarros eletrônicos pode se tornar dependente de nicotina e ter dificuldades para cessar o uso, ou ainda, pode tornar-se dependente de produtos convencionais de tabaco.

Conscientização 

Falar sobre os riscos envolvidos com o uso do cigarro eletrônico é importante, principalmente para quebrar o mito de que essa versão alternativa é menos problemática do que o tabaco tradicional. Conscientizar e buscar informações sobre os danos causados por esse hábito é uma maneira de evitar cair nessa cilada e procurar métodos eficazes para deixar de lado o tabagismo de uma vez por todas.

Como parar de fumar

O Ministério da Saúde (OMS) recomenda 10 passos para parar de fumar. Confira: 

  • Tenha determinação;
  • Marque um dia para parar;
  • Corte gatilhos do fumo;
  • Escolha um método: abrupto ou gradual;
  • Encontre substitutos saudáveis;
  • Livre-se das lembranças do cigarro;
  • Encontre apoio de amigos e familiares;
  • Escolha a melhor alimentação;
  • Procure apoio médico;
  • Troque experiências em um grupo de apoio.

(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)

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