Pode tomar ivermectina contra a dengue?Ministério da Saúde desmente o uso do remédio

Pasta publicada pelo Ministério da Saúde diz que o medicamento é ineficaz contra a dengue

Hannah Franco
fonte

Nesta segunda-feira (6), em meio ao aumento de casos de dengue no Brasil, o Ministério da Saúde voltou a negar a eficácia da ivermectina no tratamento da doença. A pasta publicada reforça que não há comprovação científica que justifique o uso do medicamento contra o vírus da dengue.

"A narrativa falsa foi divulgada em alguns perfis de profissionais da saúde, inclusive com repercussão na mídia, mas sem nenhum dado ou fonte que comprove a afirmação", afirma o Ministério da Saúde em nota oficial.

A pasta destaca que a ivermectina foi alvo de estudos rigorosos durante a pandemia da Covid-19, e nenhum deles comprovou sua eficácia no combate ao vírus. "A ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua o remédio para o tratamento da doença", ressalta a nota.

VEJA MAIS

image Ivermectina: para que serve, como tomar e quais os benefícios e riscos
Ivermectina é indicada para tratar parasitoses de diversos tipos, além de agir sobre ácaros e piolhos

image Vacina contra dengue custa mais de R$ 500 em clínicas particulares de Belém
Cada dose custa mais de R$ 500; esquema vacinal é composto por duas doses

O Ministério da Saúde também alerta para os perigos das fakes news em cenários epidemiológicos e diz que é "extremamente perigoso". O tratamento para dengue é baseado na reposição volêmica adequada, que consiste na administração de líquidos para evitar a desidratação.

O uso de paracetamol ou dipirona é recomendado em caso de dor ou febre e não administração de ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.

O Brasil enfrenta um aumento significativo de casos de dengue. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 345.235 casos prováveis da doença em 2024, com 36 mortes confirmadas e outras 234 em investigação.

*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, jornalista de OLiberal.com)

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Saúde
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!