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Pará contabiliza mais de 2,3 mil doações de medula óssea em 2025

O aumento gradual no número de doações, nos últimos anos, demonstra a adesão cada vez maior da população paraense a esse gesto solidário

Agência Pará

No dia 20 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (World Marrow Donor Day – WMDD), data que homenageia pessoas que se dispõem a doar vida por meio do cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Felizmente, nos últimos anos, o Pará tem registrado um aumento no número de doações, fundamentais para a realização de transplantes de medula óssea.  

Segundo a Gerência de Captação de Doadores (Gecad), da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), referência na realização de transplantes e no acompanhamento de pacientes hematológicos, em 2023, foram registradas 2.317 doações. Em 2024, o volume aumentou para 2.733 doações. Já em 2025, somente até o mês de agosto, o Estado contabilizou 2.310 doações, o que demonstra a adesão cada vez maior da população paraense a esse gesto solidário.

O presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra, ressaltou a importância da data para reforçar a solidariedade. “Celebramos o Dia Mundial da Medula Óssea, uma data que nos lembra do poder da solidariedade. Cada cadastro, cada doação, é uma oportunidade real de salvar vidas. Doar medula é um gesto de esperança. Quanto mais pessoas se tornam doadoras, maior a chance de quem espera encontrar sua cura. Neste dia, renovamos o compromisso de informar, conscientizar e, acima de tudo, inspirar. Porque doar medula é doar vida”, ressaltou. 

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De acordo com a médica hematologista e hemoterapeuta Ana Luisa Meirelles, responsável técnica pelo Centro de Processamento Celular da Fundação Hemopa, a manutenção do Redome é essencial para salvar vidas. “O Redome é o terceiro maior registro de doadores voluntários e, no Brasil, ele apresenta uma representatividade muito boa. Porém, anualmente, alguns doadores acabam saindo do banco por terem atingido a idade máxima de doação. Então, o cadastro se mantém também pela entrada de novos voluntários. Houve um número grande de novos cadastros entre 2022 e 2024, mas a quantidade de pacientes que precisam do transplante também aumentou. A manutenção do cadastro é mandatória para que os transplantes aconteçam”, explicou.

Ela reforça que não existe uma fila única de espera, mas sim uma busca por compatibilidade genética. “Sabemos que existem doenças, principalmente onco-hematológicas, que só são curáveis com o transplante de medula. Para quem acompanha diariamente esses pacientes é uma angústia vivenciar a indisponibilidade de um doador no momento da necessidade. Alguns só conseguem esse tratamento efetivo se tiverem um doador compatível no Redome. É a esperança de pacientes que não têm outra possibilidade terapêutica”, destacou.

Transplante salva vidas

Entre os pacientes atendidos pelo Hemopa está Raimundo Xavier Dias, 47 anos, que realizou o transplante em 2013, após mais de duas décadas de tratamento. “Foi a melhor notícia que eu recebi na vida, mesmo com o medo de não dar certo. Eu passei cinco anos correndo atrás de uma informação sobre transplante, até que encontrei o Hemopa. Entrei no consultório chorando de dor e saí com todos os papéis necessários para o transplante. O Hemopa sempre foi a minha segunda casa, foi através dele que consegui chegar até aqui”, relatou Raimundo.

Outro exemplo é o de Seiji Mateus Silva, 29 anos, acadêmico do curso de Farmácia. Para ele, o transplante foi uma chance de cura e de vida. “O transplante foi muito importante porque eu não tinha doador compatível na família. Foi a minha opção de cura, que me salvou. Hoje eu incentivo as pessoas a se cadastrarem, porque é um procedimento rápido e simples, e você pode não apenas salvar o paciente, mas toda a família, que sofre junto. Na minha vida, o impacto foi muito positivo: hoje eu posso estudar, trabalhar, correr, caminhar, coisas que antes não conseguia por causa da anemia. O transplante me deu uma segunda chance de viver”, afirmou.

Serviço: 

O Hemopa coleta amostras de sangue para cadastro de novos doadores, que pode ser feito por qualquer pessoa entre 18 e 35 anos, em bom estado de saúde. O material é enviado para análise de compatibilidade genética e inserido no Redome, que cruza os dados de doadores com pacientes que aguardam por um transplante.

Para realizar o cadastro no Pará, basta procurar qualquer hemocentro, hemonúcleo, posto de coleta ou campanhas externas da Fundação Hemopa realizadas em parceria com instituições públicas e privadas. É igualmente fundamental que os voluntários já cadastrados mantenham seus dados pessoais e endereços atualizados, garantindo que, em caso de compatibilidade, o contato seja rápido e eficiente para salvar uma vida.

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