Mutirão para prevenir câncer de colo de útero é realizado na Uepa; veja como ser atendida

No local está ocorrendo atendimentos como triagem básica e exames para detectar possíveis anormalidades no colo de útero

O Liberal
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No Pará, 633 mulheres iniciaram o tratamento de câncer de útero, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), de janeiro até outubro de 2023, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a partir do Painel de Oncologia do Ministério da Saúde/Datasus. Já em 2022, esse total foi de 924 mulheres que buscaram se tratar contra a doença. E ainda, foram registrados 405 óbitos em 2022 e 137 óbitos por câncer de colo do útero em 2023. Frente a esses casos, um mutirão voltado para a prevenção do câncer de colo de útero começou a ser realizado nesta segunda-feira (8) e seguirá nesta terça (9), quarta (10) e na sexta (12), na Universidade do Estado do Pará (Uepa).

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A ação é da própria Uepa, em alusão à campanha Janeiro Verde, mês destinado ao combate dessa doença. No local, são feitos atendimentos ao público, como triagem básica e o exame de colpocitologia oncótica, popularmente conhecido como “PCCU” ou “preventivo”. Uma causa desse tipo de câncer é o HPV, que pode ser combatido mediante vacinação específica. A iniciativa da Uepa visa priorizar mulheres com maiores vulnerabilidades sociais, de 25 até 64 anos, que não tenham feito histerectomia, que é a retirada do útero. Além disso, a expectativa é fazer o atendimento de até 20 mulheres por dia, totalizando uma média de 80 atendimentos no mutirão.

Durante o evento, serão ministradas palestras sobre a importância da conscientização relacionada ao cuidado e combate do câncer de colo do útero. A marcação do exame deve ser feita pelo contato: (91) 98613-6823. O atendimento ao público é feito no Ambulatório de Ginecologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/ Campus II), da Universidade Estadual do Pará (UEPA), em frente à Unidade Materna, na rua Perebebui com a avenida Almirante Barroso, no bairro do Marco.

Atenção

Segundo o médico oncologista clínico Bruno Melo Fernandes, o câncer do colo do útero é um tipo de neoplasia maligna, é um tipo de tumor maligno que acomete a porção inferior do útero. "É o câncer ginecológico mais comum e muito comum no Brasil, especialmente na região norte, especialmente no estado do Pará. No estado do Pará, o câncer de colo de útero é bem mais frequente do que em outros estados do Brasil, em muitas estatísticas, superando até o câncer de mama, que é o câncer feminino mais comum de maneira geral", ressalta.

O câncer de colo de útero tem como principal fator de risco, como destaca Bruno Fernandes, a infecção pelo HPV, a infecção endêmica na maior parte das mulheres, em especial naquelas que já têm vida sexual ativa. "A maioria, mais de 95, aproximando-se de 99% dos casos de câncer de colo de útero, estão relacionados com essa infecção pelo HPV", assinala o médico.

Esse tipo de câncer pode ser assintomático no início, mas pode depois se manifestar com sintomas como sangramento, dor pélvica, sangramento vaginal, sangramento ou dor durante o ato sexual, corrimento, alterações para urinar ou para evacuar. "Muitas vezes são alterações persistentes, que não melhoram, e isso deve ser um sinal de alarme para a paciente", alerta o doutor Bruno.

"Hoje a melhor forma de prevenção para o câncer de colo de útero é a vacinação contra o HPV na população infanto-juvenil, a população entre 9 e 14 anos. A vacinação, quando bem feita, diminui muito o risco de infecção pelo HPV e, assim, de câncer de colo de útero". A prevenção extremamente importante é a realização do citológico, do exame preventivo anual, para a avaliação do colo de útero e identificação de lesões malignas ou pré-malignas iniciais que podem ser tratadas de forma muito mais eficaz, como diz o médico.

Esse exame está indicado para toda a população adulta, em especial após o início da atividade sexual, até pelo menos os 65 anos, devendo, porém, fazer parte de um acompanhamento ginecológico que todas as mulheres devem manter. O câncer de colo de útero tem diversas modalidades de tratamento. Essas modalidades vão depender do estadeamento da doença, de como ela se apresenta e das condições do paciente. Algumas pacientes serão submetidas à cirurgia, outras vão ser submetidas a tratamentos com quimioterapia e radioterapia. Esse tratamento é disponível tanto na rede pública quanto na rede privada.

Prevenção e tratamento

Segundo a Sespa, o preventivo do câncer de colo do útero (PCCU) é de responsabilidade dos municípios na Atenção Primária. Quanto ao tratamento contra o câncer do colo de útero, para atendimento no SUS, o primeiro atendimento ocorre na Atenção Básica de Saúde, que é a porta de entrada do SUS.

De lá, o usuário é encaminhado para consulta com especialista para confirmação do diagnóstico (colposcopia com biópsia ou tratamento das lesões precursoras do câncer do colo do útero) nas 23 Unidades de Referência de Média Complexidade distribuídas em 12 Regiões de Saúde. Na capital são: Unidade de Referência Materno-Infantil e Adolescente (Uremia), o Ambulatório da Mulher da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e a Casa da Mulher do município de Belém.

Serviço:

Local: Ambulatório de ginecologia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/ Campus II), da Universidade Estadual do Pará (UEPA). Em frente à Unidade Maternar.

Endereço: Travessa Perebebuí, n° 2623, bairro do Marco, em Belém.

Data: 08, 09, 10 e 12 de janeiro, às 8h00

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