Como a mudança na receita da Coca-Cola pode afetar a saúde? Entenda
Atualmente, o refrigerante é feito e adoçado com xarope de milho no país. Em países como o Brasil, México, Reino Unido, Austrália, a bebida já é feita com o açúcar da cana

Após pressão intensa do presidente norte-americano Donald Trump, a Coca-Cola anunciou, na terça-feira (22), que lançará uma versão da bebida adoçada com o açúcar da cana-de-açúcar nos Estados Unidos.
Atualmente, o refrigerante é feito e adoçado com xarope de milho no país. Em países como o Brasil, México, Reino Unido, Austrália, a bebida já é feita com o açúcar da cana. Mas, a mudança de um elemento adoçante na composição da bebida tem algum efeito na saúde dos consumidores? Saiba mais a seguir
Há alguma mudança significativa na troca?
De acordo com pesquisadores e nutricionistas, de forma geral, a resposta objetiva para essa pergunta é não.
Isso porque, em excesso, tanto o xarope de milho, fonte rica em frutose, como a cana-de-açúcar, com açúcar conhecido em forma de sacarose, são prejudiciais à saúde, especialmente em bebidas com alto teor de açúcar, como no caso refrigerantes.
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De maneira geral, o excesso de açúcar na alimentação está associado a maior risco de obesidade, diabete tipo 2, doenças cardiovasculares, acúmulo de gordura no fígado e até alterações no metabolismo cerebral. A frutose tem sido mais associada a alterações metabólicas do que a sacarose, visto que, a frutose é metabolizada pelo fígado, mas os dois tipos de açúcar são igualmente prejudiciais.
Existe alternativa saudável?
Uma vez que todo tipo de açúcar, em excesso, é prejudicial à saúde, não existe uma alternativa considerada mais saudável pelos nutricionistas.
Por que a Coca-Cola vai mudar nos Estados Unidos?
O secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr, e seu movimento Make America Healthy Again ("Torne a América saudável novamente", em tradução livre) tem defendido que as empresas removam de seus produtos ingredientes como xarope de milho e uma série de outros compostos que podem causar problemas de saúde.
Kennedy tem criticado a quantidade de açúcar que os americanos consomem e, segundo especulações, planeja atualizar as diretrizes alimentares nacionais em breve. Apesar disso, ele não apresenta qual o embasamento para essa discussão. Assim como Donald Trump, ao anunciar a conversa inicial com a Coca-Cola para pedir a troca disse que "era simplesmente melhor".
(*Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com.)
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