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Câncer ginecológico: o que é? Médica ginecologista explica quais são os sintomas e como prevenir

De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer - Inca, há aproximadamente, cerca de 30 mil casos de cânceres ginecológicos no Brasil.

Gabrielle Borges
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Você já ouviu falar em câncer ginecológico? Esse tipo de câncer afeta os órgãos do aparelho reprodutor feminino e, infelizmente, ainda é uma das causas mais comuns de morte entre mulheres no Brasil. A boa notícia é que, geralmente, pode ser prevenido ou tratado com sucesso, se diagnosticado precocemente.

Se em outubro as atenções estão voltadas às campanhas de câncer de mama; em paralelo, no mês de setembro há a campanha do "Setembro em Flor" reforça a importância da informação, do cuidado com o corpo e da realização de exames regulares.

Pensando no seu bem-estar o OLiberal.com  conversou com a médica Anne Rosado, ginecologista e mastologista e especialista em ginecologia e obstetrícia pela AMB (Associação Médica Brasileira)  para entender o que é o câncer ginecológico, como ele surge e como se proteger.

O que é câncer ginecológico?

O termo “câncer ginecológico” se refere a vários tipos de câncer que acometem o sistema reprodutor feminino. De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer - Inca, há aproximadamente, 704 mil novos casos de câncer no Brasil em 2025. De todos, cerca de 30 mil são cânceres ginecológicos. As áreas do sistema reprodutor feminino mais afetadas são o colo do útero, ovários e o corpo do útero (endométrio).

Os principais cânceres ginecológicos são:

  • Câncer de colo do útero (ou câncer cervical)
  • Câncer de ovário
  • Câncer de endométrio (revestimento interno do útero)
  • Câncer de vulva
  • Câncer de vagina

Cada um tem suas características e sintomas específicos, mas todos têm algo em comum: quanto mais cedo forem descobertos, maiores as chances de cura.

A ginecologista Anne Rosado ressalta a importância da prevenção, principalmente, pelo câncer de colo de útero, provocado pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano):

"O HPV é um vírus sexualmente transmissível. E a proteção deve começar antes do início da vida sexual. Quando a vacina contra o HPV tem grande eficácia. É por isso que a vacina está disponível nos postos de saúde para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. Todas as crianças e adolescentes precisam se vacinar. Isso é fundamental. Aliás, esse ano o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária. Está disponibilizando a vacina também para faixa etária de 15 a 19 anos.", informou.

Ela ainda enfatizou o cuidado com meninos em relação ao câncer ginecológico:

"O HPV também pode causar câncer de pênis, garganta, anos e outros tipos. Por isso, precisamos proteger os meninos e as meninas. Então, se esse é um vírus sexualmente transmissível, precisamos destacar outro fator de proteção primordial, que é o preservativo. Vacina e camisinha formam a dupla obrigatória para a nossa saúde.", contou.

 

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Quais são os sintomas mais comuns de câncer ginecológico?

Os sintomas podem variar segundo o tipo de câncer (alguns podem ser assintomáticos) mas é importante ficar atenta a sinais como:

  • Sangramento vaginal fora do período menstrual ou após a menopausa
  • Corrimento vaginal com odor forte ou cor incomum
  • Dores na região pélvica ou durante as relações sexuais
  • Inchaço abdominal frequente e sem explicação (no caso de câncer de ovário)
  • Coceira, feridas ou manchas na vulva

 Atenção: Muitas vezes os sintomas podem ser confundidos com problemas menos graves. Por isso, o ideal é não ignorar os sinais do corpo e buscar um ginecologista.

Como prevenir o câncer ginecológico?

A prevenção começa com hábitos simples de autocuidado e check-ups regulares. Veja algumas dicas essenciais:

1. Faça o exame Papanicolau

  • É o principal exame para detectar lesões no colo do útero antes que evoluam para o câncer. Deve ser feito, pelo menos uma vez por ano, por mulheres que já iniciaram a vida sexual." Pode fazer dois exames de controle, o conhecido Papa Nicolau e o DNA HPV, que está sendo implantado inclusive na rede pública. A coleta é uma só. É feita no consultório, é rápida e endolor. O médico explica as vantagens de cada exame", explica a ginecologista.

 2. Tome a vacina contra o HPV

  • O vírus HPV está relacionado a até 99% dos casos de câncer do colo do útero. A vacinação é gratuita no SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos.

3. Mantenha hábitos saudáveis

  • Evite o tabagismo, pratique atividades físicas, mantenha uma alimentação equilibrada e cuide da saúde íntima, utilizando preservativos em cada relação sexual. É importante também conhecer o histórico de saúde das mulheres da família.

4. Vá ao ginecologista regularmente

  • Mesmo sem sintomas, é importante visitar o médico pelo menos uma vez ao ano.

(Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de OLiberal.com)

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