Entenda o que fez Chico Buarque ser submetido a cirurgia
O cantor e compositor passou por um procedimento cirúrgico nesta terça (03) no Rio de Janeiro

O cantor e compositor, Chico Buarque de Holanda passou por uma cirurgia neurológica na manhã desta terça-feira (03) com o objetivo de diminuir a pressão intracraniana. O procedimento foi realizado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, e durou cerca de uma hora. Aos 80 anos, ele está se recuperando da operação no quarto e aguarda alta médica.
O médico que realizou a cirurgia do artista foi Paulo Niemeyer. A expectativa é que Chico receba alta em até três dias, dependendo da sua recuperação.
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O que é pressão intracraniana?
Chico Buarque tinha passado por exames de rotina ao fazer um check-up. Um exame detectou o excesso de líquido na cabeça que precisava ser drenado. Por conta disso, houve a necessidade do procedimento cirúrgico.
Caso o problema demorasse para ser solucionado, poderia afetar a fala e os movimentos do artista. No caso de Buarque, o problema ainda estava no início.
Quais as classificações da pressão intracraniana?
O centro médico acadêmico Cleveland Clinic, dos Estado Unidos, afirma que o aumento da pressão intracraniana pode se dar de duas formas.
- Súbito (agudo): ocorre quando o aumento é realizado de forma repentina;
- Crônico: se desenvolve lentamente ao longo do tempo.
No caso de Chico Buarque, o aumento da pressão intracraniana se deu de forma crônica.
Independente das duas formas, a condição acontece quando há uma elevação no volume de um três componentes que compõe a caixa craniana.
- Tecido cerebral;
- Líquido cefalorraquidiano (LCR);
- Fluido que serve como amortecedor do cérebro, da medula espinhal e do sangue.
"A quantidade de tecido cerebral, sangue cerebral e LCR que você tem deve permanecer em equilíbrio para que a pressão intracraniana seja saudável, que normalmente é inferior a 20 milímetros de mercúrio (mm Hg)”, explicam os especialistas da Cleveland Clinic.
Desta forma, quando há o aumento do volume de um destes componentes, os outros dois ficam comprometidos, já que eles diminuem. Assim, a pressão intracraniana geral sobe. Com esse aumento, o paciente pode ter diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro ou na hérnia cerebral, que ocorre quando o tecido cerebral se desloca, se mostrando uma condição grave.
O que causa o aumento da pressão intracraniana?
Tecnicamente, esse aumento da pressão é chamado de hipertensão intracraniana e tem diversas causas.
- AVC;
- Traumatismo craniano;
- Hemorragias cerebrais;
- Tumores cerebrais;
- Inchaço no cérebro;
- Aneurisma;
- Lesão cerebral ou na cabeça
Estas são algumas possibilidades para desenvolver hipertensão intracraniana, mas ela pode ter outras causas.
Como é feito o diagnóstico da pressão intracraniana?
Quando a pressão intracraniana tem uma causa específica e evidente, ela passa a ser chamada de idiopática. Para se chegar ao diagnóstico, é preciso de uma combinação.
- Avaliação dos sintomas e do histórico médico do paciente;
- Realização de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro.
Quais os sintomas da pressão intracraniana?
Os especialistas apontam para os principais sintomas da hipertensão intracraniana.
- Náuseas e vômitos;
- Fraqueza muscular;
- Dormência;
- Dores de cabeça pela manhã ou quando está deitado;
- Sonolência;
- Visão embaçada, visão dupla e/ou sensibilidade à luz (fotofobia);
- problema no movimento dos olhos;
- Convulsões.
Qual o tratamento para aumento da pressão intracraniana?
O tratamento para a hipertensão intracraniana depende do diagnóstico realizado pelo médico. De acordo com a Rede D'OR, pode envolver o uso de medicamentos para reduzir a pressão, assim como drenagem do líquido cerebrospinal ou uma cirurgia, como foi o caso de Chico Buarque. Ela serve para aliviar diretamente a pressão no cérebro.
(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Luciana Carvalho, repórter web de Oliberal.com)
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