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Rainha das Rainhas: fantasias vão além das plumas e paetês

Criação de fantasias para o concurso envolve uma equipe que vai desde bordadeiras, ferreiros a psicólogos e coaches

Michel Ribera - Especial para O Liberal
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Cada candidata que pisa na passarela é sempre uma surpresa. As fantasias nos convidam a fazer uma viagem a um país ou cultura diferente. Mas para chegar a um resultado que prenda a atenção dos jurados, são quase seis meses de muita criatividade e pura dedicação.

No atelier de Zandro Gurjão, estilista com mais de 20 anos de experiência no Carnaval, o trabalho envolveu uma equipe de profissionais, que vão além da costura. “A gente conta com a parceria de escultores, ferreiros e até eletricistas para criar as estruturas e efeitos especiais das fantasias. Além disso, minhas candidatas têm apoio de coreógrafos, maquiadores e, se necessário, busco trabalho de coaches e psicólogos, tudo para que entrem confiantes na competição”, diz.

E para que tudo fique exatamente como o planejado, os esforços já começam na busca por materiais diferenciados, muitas vezes encontrados fora de Belém, em especial itens de plumagem, que são obrigatórios para dar efeito de volume e leveza também nas criações. E para dar o brilho nas peças, aplicações de cristais, feitas um a um, também são necessárias, o que demanda tempo e muita habilidade.

image Fantasias possuem peças diferenciadas. Na foto, a candidata Sabrina Niekelle, representante do Clube dos Advogados. (Thiago Gomes/ O Liberal)

Este ano, o estilista assinou a criação para três clubes: Guará Acqua Park, Clube dos Advogados e do estreante no certame, o Iate Clube Santarém. Ele conta que foi um trabalho intenso de pesquisa para apresentar temas diferentes e manter o segredo de todos, mesmo com as visitas frequentes das candidatas para as provas em seu atelier.

“O processo de criação não tem uma regra. Pode nascer a partir de uma música, um filme ou mesmo de um livro. Se me agrada, começo a me aprofundar na pesquisa sobre o tema e, para isso, sempre conto com a opinião dos sócios Anderson Teixeira e Augusto Brito. Daí, apresentamos a proposta para a diretoria do clube e, se aprovado, já começamos a colocar a mão na massa o mais rápido possível”, detalha.

O estilista não gosta de falar em valores, mas deixa escapar que já chegou a criar fantasia em torno de cinquenta mil reais, mas garante que o valor mesmo está na experiência levada ao público e, mais ainda, na consagração da candidata com o título.

Em 2023, assim como em todos os anos, Zandro manteve um ritual no dia da competição. Tirou algumas horas para se concentrar, buscar forças na espiritualidade para que tudo acontecesse da melhor forma possível. Claro que o frio na barriga durante os últimos ajustes, antes da passarela, é inevitável, como se fosse a primeira vez. “É tanta adrenalina que, às vezes, só vou lembrar o que aconteceu dois ou três dias depois”, revela.

image Toda emoção do estilista Zandro Gurjão com a coroação da campeã e da fantasia criada pelo profissional (Carmem Helena / O Liberal)

Zandro lembra que a relação com o concurso vem desde a infância, por isso, se sente em casa na competição. “Minha avó participou do primeiro Rainhas, meu pai foi diretor do Clube da Petrobras e a mãe da minha filha foi primeira princesa, em 2000”, enumera o estilista.

“O Rainha das Rainhas, pra mim, é vida. Está no meu sangue, na minha história. Muito do que sou hoje devo ao concurso. Posso dizer que o Rainhas já salvou minha vida”, conclui.

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