Vereadores de Belém acreditam que Câmara vai manter alta produtividade em ano eleitoral

Alguns já anunciam participação na corrida pelo voto nas eleições de outubro, mas afirmam que isso não deve afetar os trabalhos da casa

Natália Mello
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Vereadores de Belém acreditam que, em 2022, a Câmara Municipal vai manter a produtividade em alta, apesar das eleições de outubro. Parte dos membros da casa deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Pará ou na Câmara dos Deputados e, por isso, esses futuros candidatos vão precisar se dedicar às campanhas, inclusive nas ruas, no contato direto com o eleitor. Porém, a expectativa dos vereadores é de que isso não vá afetar o trabalho do plenário e nem provocar mudanças no número de sessões, por uma possível falta de quórum.

Bia Caminha (PT) confirmou que tentará uma vaga no cargo de deputada estadual "para estar ao lado de Lula na reconstrução do nosso País". Já a vereadora Lívia Duarte (PSOL) disse que não está confirmado, mas é provável que o partido a anuncie também como candidata para uma cadeira na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

“É um passo mesmo, meu nome está à disposição do partido para concorrer para deputada estadual, mas é um passo, e está dentro da minha trajetória de luta. Então vejo isso muito mais como uma tarefa política coletiva de representatividade, do que propriamente um passo na minha trajetória. O carreirismo não está nos meus planos, é mais uma obrigação, uma tarefa política coletiva, e é para derrotar o bolsonarismo e para fortalecer a luta das mulheres”, afirmou Lívia Duarte.

Alepa é o objetivo

A parlamentar Nazaré Lima (PSOL) também deve sair para a disputa eleitoral de um cargo no próximo pleito, mas ainda não sabe informar se para deputada estadual ou federal. “Ainda não está decidido, visto que estamos conversando com a Executiva do partido, considerando vários quesitos, inclusive a questão da federação com outros partidos”, explicou.

O vereador Gleison (PSB), que nas eleições estaduais passadas já tentou uma vaga na Alepa, neste ano tentará novamente se eleger deputado para " expandir o meu trabalho como vereador de Belém".

Mauro Freitas (PSDB) imagina que pelo menos 10 vereadores devem sair para a disputa ao cargo de deputado estadual e afirma que muitos devem trocar de partido. Sobre a possibilidade de diminuição das atividades e ações da Casa, o parlamentar pontua ser “normal”, visto que, de dois em dois anos, são realizadas eleições para eleger prefeito e governador, respectivamente.

“Não acredito que essas candidaturas devam atrapalhar o movimento, o procedimento da Câmara. Porque nós estamos acostumados a trabalhar no período eleitoral, com alterações das sessões, ou aumentando a quantidade ou então aumentando o período de horário para que possa compensar a falta de alguns que deverão viajar para o interior do estado. Fui presidente da Casa e já passei por várias eleições. Mas não deve comprometer o trabalho da Casa, não”, avaliou.

Sessões seguem normalmente?

Para o vereador Allan Pombo (PDT), líder do governo na Câmara, as atividades no legislativo não serão comprometidas, e as sessões devem seguir normalmente, mesmo durante a campanha eleitoral. “Você pode fazer campanha e participar da sessão, né? E uma vez que consigam conquistar uma cadeira, os seus respectivos suplentes assumem, mas a produtividade não será atingida não. Eu acho que aqueles vereadores que entendem que podem dar uma contribuição maior para o Estado são legítimos, e a gente torce. Mas quórum não vai ter problema não, com certeza”, declarou.

O vereador Bieco (PL) acredita que a Casa está sempre em busca de instrumentos que possam garantir ativos em favor da população, e desejou sorte aos vereadores que são candidatos, afirmando que a Câmara continuará trabalhando pela população. O parlamentar ressalta que irá sair do partido, por conta de direcionamento, já que o grupo apoiava Helder Barbalho e irá apoiar, segundo ele, o pré-candidato a governador Zequinha Marinho – atualmente senador. “Não tem como continuar por uma trajetória político partidária, mas não serei candidato a nenhuma vaga”.

Pela oposição, o vereador Matheus Cavalcante (Cidadania) diz que espera que as atividades de campanha não comprometam o trabalho do legislativo municipal. “O ideal é que o candidato faça campanha na época de campanha. Temos que acompanhar, porque Belém não pode esperar que interesses próprios se sobreponham à maioria”, concluiu.

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