'Transição energética não é novidade ao Brasil', diz Zequinha Marinho sobre Margem Equatorial
Parlamentar comenta aprovação da Avaliação Pré-Operacional do Ibama e debate a exploração petrolífera no país

O Ibama aprovou na última quarta-feira (24) a Avaliação Pré-Operacional (APO) conduzida pela Petrobras, último passo antes da liberação para exploração de petróleo na Margem Equatorial — área estratégica localizada na Bacia da Foz do Amazonas, rica em reservas e ainda pouco explorada. A decisão reacende o debate sobre como conciliar essa nova fronteira energética com o compromisso do Brasil com a transição para fontes mais limpas. Para o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), a exploração e a transição energética podem avançar juntas. “Essa transição energética para o Brasil não é nada novo. É novo para o exterior”, afirma.
Segundo ele, enquanto o petróleo fóssil tiver valor, o país poderá gerar recursos para financiar a substituição gradual de matrizes poluentes. “Esse petróleo fóssil ainda me dá retorno, tô falando de Brasil, ainda pode dar ao Brasil retorno financeiro para começar a financiar essa transição energética. Você é industrial e seu parque de máquinas foi comprado há algum tempo e são altamente emissoras de gás carbônico. Do que você precisa? Financiamento a custo baratíssimo para substituir esse maquinário”, argumenta.
Marinho também destacou que a agricultura, tanto em larga escala quanto em menor porte, já busca modernização, mas que a agricultura familiar de baixa renda ainda enfrenta maiores dificuldades. “A agricultura familiar e de escala já estão altamente tecnificadas. O cara vai no banco, financia, vai lá fora do Brasil, aprende, ele quer se aperfeiçoar. Então quem é que não avança no Brasil e causa impacto negativo no meio ambiente? A agricultura familiar que é pobre, que produz pouco, ela precisa se tecnificar. E do que é que ela precisa? Financiamento”, avalia.
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