Superintendente do Ibama no Pará é exonerado pela ministra Marina Silva

Essa e outras exonerações foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União, na noite de sexta-feira (13)

O Liberal

Praticamente todos os superintendentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) nos Estados foram exonerados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sexta-feira (13), inclusive o chefe regional no Pará, Rafael Angelo Juliano, nomeado em 2022. As informações são da Folha de São Paulo.

Segundo reportagem da revista Piauí, Rafael é dono de uma consultoria que presta serviços para pecuaristas e sojicultores do próprio Estado que, inclusive, já foram multados pelo Ibama. A revista ainda apurou que ele já foi indiciado pela Polícia Federal (PF) e denunciado pelo Ministério Público (MP) por adquirir madeira sem licença ambiental comprovada.

Com 26 superintendências estaduais - apenas o Distrito Federal fica de fora -, o Ibama teve os cargos usados no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para aparelhar o órgão com nomeações em postos estratégicos. Uma série de policiais foram nomeados pelo ex-ministro Ricardo Salles e o ex-presidente do Ibama, Ricardo Bim, para as superintendências do órgão.

Os anúncios da última sexta chamam atenção por atingirem as superintendências nos Estados, embora as mudanças no primeiro escalão de Ministérios sejam consideradas rotineiras com as trocas de governo. O atual presidente pretende promover uma completa mudança de rumos na área do meio ambiente, após os anos de alta nas taxas de desmatamento e das duras críticas das principais nações do mundo.

As exonerações foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União, na noite de sexta-feira (13), antes de a ministra Marina Silva embarcar para Davos (Suíça) para participar do Fórum Econômico Mundial.

Trocas

Um dos exonerados pelo governo Lula na semana passada foi o coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo, Luiz Renato Fiori, que deixa o cargo de superintendente no Espírito Santo, o qual ocupava desde junho de 2020, na gestão de Salles e Bim. Ele chegou a ser denunciado, em 2021, à Ouvidoria da Controladoria-Geral da União (CGU) por não comparecer ao local de trabalho durante duas semanas, e servidores do órgão disseram à Folha que o policial praticava assédio moral e perseguição.

Outro exonerado foi o empresário Bruno Pinheiro Dias Semeghini, que estava na chefia do Ibama em Goiás. Ele foi denunciado à Corregedoria do Ibama em 2022 e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) por assédio moral e perseguição. Semeghini foi nomeado para o cargo em 2020, ainda na gestão de Salles. A denúncia cita que funcionários foram ameaçados por ele e desenvolveram problemas de saúde e psicológicos.

Também foi exonerado na sexta Wagner Fischer, que era gerente na Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. Ele incentivou, em postagens nas redes sociais, os atos terroristas do último dia 8 de janeiro. No último sábado (14), o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) foi anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente como o novo presidente do Ibama.

 

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