Sessão na Alepa discute projeto para incluir sessões de cinema para pessoas com autismo

Proposição do deputado Fábio Filgueiras foi a única discutida durante a pauta da Alepa desta terça-feira

Natália Mello
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Parlamentares da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) discutiram, na sessão ordinária desta terça-feira (15), o Projeto de Lei nº 383/2019, de autoria do deputado Fábio Filgueiras (PSB), que institui a “Sessão Azul” de cinema. A matéria propõe a reserva de sessões de cinema com áudio reduzido para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“A gente acabou aprendendo algumas peculiaridades, algumas coisas que são inerentes ao transtorno do autismo, e a principal delas é a sensibilidade auditiva. As sessões normais de cinema causam um incômodo a eles, então a gente, em algumas experiências, intermediou lá no cinema do Shopping Metrópole as sessões, onde conseguimos sessões que o áudio era mais baixo, o que criava um ambiente muito mais agradável para a pessoa com autismo, e isso foi uma coisa que deu certo”, declarou o relator, Fábio Filgueiras.

A intenção da proposição é que todos os cinemas disponham de algumas sessões adaptadas no áudio para atender a esse público. “Queremos criar um ambiente mais confortável e agradável às pessoas com autismo, par que elas possam participar um pouco mais desse mundo do cinema”, concluiu o parlamentar, que afirmou que dois estados brasileiros já adotaram legislações com o mesmo teor.

Autismo em pauta

A pauta da sessão desta terça-feira contemplava 11 projetos de lei, entre eles, o de nº 185/2021, de autoria do deputado Carlos Bordalo (PT), que propõe a mudança de nome da Usina da Paz da Cabanagem para Usina da Paz Padre Bruno Sechi. O espaço, que integra o Programa Territórios da Paz (TerPaz), do governo do Estado, não chegou a ser discutido, bem como as demais proposições que constavam na programação, já que a reunião semanal foi encerrada pontualmente às 12h30, seguindo o regimento da Casa de Leis.

“É um reconhecimento por quem teve papel fundamental na luta por direitos e inclusão de jovens e adolescentes paraenses, que fundou um dos maiores projetos sociais que se tem conhecimento no estado, que foi a campanha de Emaús, e o projeto de Emaús. Nada mais coerente que as Usinas pela Paz, que estão sendo implantadas nos bairros, nos territórios de muita violência, possam receber o nome deste ícone da luta pelo direito das crianças e adolescentes do Pará, Padre Bruno Secchi. A Usina da Paz da Cabanagem receberá o nome do Padre Bruno Secci para que ela seja vista e reconhecida como um espaço de paz, de construção da cidadania e do bem-estar coletivo, e que propicia aos jovens da Cabanagem um futuro mais feliz e próspero”, declarou Bordalo, reforçando que o TerPaz merece reconhecimento.

“Porque ele faz o que a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias em 2015 recomenda, para enfrentar a violência nos territórios conflagrados é necessário a presença do Estado”, concluiu.

Outros temas

Foi retirado da pauta o Projeto de Lei nº 134/2020, de autoria da deputada professora Nilse, e que declara como patrimônio cultural de natureza imaterial do Pará a “Banda de Música do IFPA Belém”, por conflitos e inconsistências, segundo apontaram alguns deputados.

A próxima semana também não tem previsão de ocorrer tantas quantas sessões forem necessárias para esgotar o expediente de pautas, segundo anunciou o presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB).

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