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Mandato de John Wayne na presidência da Câmara é marcado por caos em Belém

O Liberal
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Quase metade da vida do vereador John Wayne (MDB) é dedicada à política na capital paraense, e não se vê um projeto de lei de autoria dele que possa ser exemplo de ação bem-sucedida pela cidade. Ao contrário, aos 44 anos de idade, ele que está na vida pública desde 2004, enquanto presidente da Câmara Municipal de Belém tem autorizado, pedidos de empréstimos milionários à prefeitura sem a devida fiscalização dos recursos que tendem a endividar a receita municipal.

John Wayne não fiscaliza a aplicação dos recursos que sua gestão autoriza nem tão pouco a inação do Executivo municipal. Em outubro de 2022, ele foi içado à presidência da Câmara Municipal de Belém (CMB), em dezembro, dois meses após, a Casa autorizou o prefeito de Belém a realizar operação de crédito com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Banco Fonplata) de até US$ 60 milhões de dólares para custear as obras de saneamento na bacia hidrográfica do igarapé Mata Fome. Até agora, as 30 mil famílias da região do Mata Fome aguardam os projetos saírem do papel.

Um dos papéis decisivos de um vereador, em especial, presidente de uma casa legislativa, é fiscalizar se o prefeito e seus secretários estão colocando as demandas do povo em prática. Na gestão de John Wayne, na Câmara, Belém tem enfrentado o caos na área da saúde pública com paralisações de atendimentos aos belenenses nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de graves falhas na coleta diária do lixo urbano.

Na última segunda-feira (23), usuários voltavam da porta das UPAS da Marambaia, Jurunas e Terra Firme, e apenas casos graves foram atendidos. A paralisação dos médicos se deu em razão da falta de pagamentos, que estariam atrasados há mais de 90 dias.

Belém também enfrenta o acúmulo de lixo urbano

Desde o início de 2023, Belém sofre com a falta de coleta regular dos resíduos sólidos. Em agosto, a situação se agravou com a indefinição sobre a utilização do Aterro de Marituba, o que provocou a suspensão por horas do recebimento de lixo da Prefeitura de Belém, também por falta de pagamento. Essa situação causou grandes transtornos para a população.

A capital paraense vive a má sina de conviver com descartes irregulares de lixo em vários bairros e com a ineficiência da limpeza urbana. Neste mês de outubro, a Justiça aprovou nova licitação pela PMB para a escolha do consórcio que fará a gestão da limpeza urbana.

Trajetória de altos e baixos

Candidato à Câmara Municipal em 2004, ele amargou uma expressiva derrota, mas não desistiu. Na eleição seguinte se candidatou a vereador e com 2.068 votos entrou. Em 2008, se candidatou pela 2º vez à CMB e mais uma vez foi derrotado. Insistente, o populista, que diz agora ter projeto de lei em todos os cantos da cidade, tentou novamente em 2012 e ficou apenas na suplência, e dizem nos corredores do Legislativo Municipal, depois de se empenhar a favor da prefeitura e não dos cidadãos de Belém, foi recompensado e passou a ser vereador de Belém. Em 2016 foi reeleito e hoje, o vereador está na presidência da Casa para mandato de dois anos (2023/2024).

Vereador se irrita com publicação que mostrou o voto dele contra ônibus com ar-condicionado

Na manhã desta quarta-feira (25), o presidente da Câmara Municipal de Belém, o vereador John Wayne, num ataque repentino contra o Grupo Liberal, citou da tribuna da Casa, a capa histórica, com os vereadores que votaram contra os ônibus com ar condicionado.

Ele disse que o jornal havia feito a edição, naquele mês de maio de 2017, por causa do não pagamento de "R$ 300 e tantos mil", devidos ao Grupo Liberal, pela Câmara, a título de serviços de publicidade.

(...) Um dia a verdade vem à tona, como esta Casa (a Câmara Municipal de Belém) estava devendo ao Grupo Liberal 300 e tantos mil, na qual o presidente Mauro (vereador Mauro Freitas) pagou esta fatura, o Grupo Liberal pegou a cara de todos vereadores, na qual, nós rejeitamos aquele requerimento, porque o Chiquinho era da oposição e foi rejeitado aquele requerimento”, afirmou John Wayne.

Capa histórica do Grupo Liberal

A capa histórica do jornal O Liberal que provocou a ira de John Wayne contra o Grupo Liberal traz a seguinte manchete: ‘Câmara de Belém vota contra ar condicionado em ônibus’. O jornal data de maio de 2017, com a notícia da rejeição pelos vereadores do projeto de lei que obrigava empresas de passageiros a instalar os equipamentos.

John Wayne integrou o grupo que rejeitou por 18 votos a três o projeto de lei do vereador Dr. Chiquinho (Psol) que beneficiaria os passageiros de transportes coletivo urbano com a obrigatoriedade de instalação de ar condicionado nos ônibus pelas empresas prestadoras do serviço. Apenas três vereadores votaram contra a proposição vencedora.

Câmara de Belém não pagou e a dívida é de R$ 340 mil

John Wayne se mostrou completamente equivocado, a Câmara de Belém não pagou o débito, que é de R$ 340 mil, e não de "R$ 300 e tantos mil", como disse o vereador. O Departamento Financeiro do Grupo Liberal tem os documentos que atestam a dívida contraída, por serviços de publicidade, e até hoje não paga pela Câmara Municipal de Belém.

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