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Líderes do Centrão veem que postura dos EUA com Brasil e Moraes pioram clima para anistia

Deputados veem cenário mais desfavorável após aplicação da Lei Magnitsky e declarações de Eduardo Bolsonaro

Estadão Conteúdo
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O clima para aprovação de uma anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro no Congresso Nacional se deteriorou ainda mais após o governo dos Estados Unidos aplicar sanções, com base na Lei Magnitsky, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A avaliação é de líderes da Câmara dos Deputados. “A cada dia a situação só piora”, disse um deles, sob condição de anonimato.

As tarifas de 50% impostas pelo presidente americano, Donald Trump, e a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — que condiciona uma trégua entre os dois países à aprovação de uma anistia "ampla, geral e irrestrita" — são vistas por parlamentares próximos ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como fatores que agravam ainda mais o impasse.

Na semana passada, Eduardo Bolsonaro afirmou que os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta, podem ser os próximos alvos da Lei Magnitsky — dispositivo legal utilizado pelos EUA para sancionar estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos.

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“O Davi Alcolumbre não está nesse estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. Ele tem agora a possibilidade de não ser sancionado, de não acontecer nada com o visto dele, se não der respaldo ao regime. E também o Hugo Motta, por causa da proposta de anistia em discussão na Câmara”, declarou Eduardo.

Na quarta-feira (30), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que as sanções a Moraes devem servir como alerta às autoridades brasileiras.

Na noite anterior, o presidente da Câmara, Hugo Motta, se manifestou sobre o episódio. “Como país soberano, não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República”, disse.

Pouco depois, o presidente do Congresso Nacional e do Senado, Davi Alcolumbre, também reagiu: “O Legislativo não admite interferências na atuação dos nossos Poderes. Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável”.

O clima para aprovação da anistia já era considerado desfavorável desde o início do recesso parlamentar. Como mostrou o Estadão, o sentimento é compartilhado tanto no STF quanto no Congresso. Para ministros da Corte e integrantes do Centrão, a única solução viável seria o abrandamento das penas para parte dos detidos que vandalizaram a sede dos Três Poderes.

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