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Laudo do IML contradiz testemunhas de suposto atentado a candidato em Parauapebas

Júlio Cesar comunicou à Polícia Civil sobre crime no dia 14 de outubro

Redação Integrada
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Durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (11), em Parauapebas, a Polícia Civil informou que o laudo sobre as circunstâncias do suposto atentado contra o candidato a prefeito da cidade, Júlio Cesar (PRTB), contradiz o que a própria vítima e as testemunhas informaram quando ouvidas pelas autoridades policiais.

A reportagem já fez contato com o candidato e aguarda posicionamento.

Para o delegado-geral Walter Resende, durante a investigação, houve contradição nos depoimentos, sendo necessária a perícia criminal para que todas as dúvidas fossem estudadas e esclarecidas cientificamente.

“A Polícia Civil, como órgão de segurança do Estado, tem como dever contribuir com a verdade a sociedade. Para que possamos partir para a finalização do inquérito, estamos comprovando cientificamente o que ocorreu. O fato aconteceu, mas é totalmente incompatível com os depoimentos relatados pelos ocupantes do veículo”, ressaltou o delegado-geral.

Júlio Cesar comunicou à Polícia Civil que no dia 14 de outubro havia sofrido um atentado à bala quando voltava para Parauapebas, após uma reunião política na zona rural do município, na vila de Carimã. Segundo a assessoria do candidato, o político foi baleado no peito por um dos disparos. Três pessoas que ocupavam o veículo não tiveram ferimentos graves.

O resultado da perícia técnico cientifica divulgado muda, com precisão, a condução das investigações, pois o laudo aponta que a dinâmica da ocorrência apresenta total divergência dos fatos narrados pela vítima e testemunhas. A análise dos peritos criminais apontou duas possibilidades de como o evento ocorreu. Em uma destas, o veículo poderia estar parado ao ser atingido, dentro dessa possibilidade, facilitaria a ação dos atiradores.

Outra possibilidade apontada é de que o carro em que estavam os ocupantes poderia estar em movimento, mas ao máximo de 9 km/h. Segundo o perito criminal, Walldinei Gurgel, pelos cálculos físicos e matemáticos, a perícia atestou que seria impossível que o veículo analisado estivesse em alta velocidade.

Durante o depoimento, as testemunhas informaram que a caminhonete em que estava o candidato foi seguida por um gol branco que, após alcançá-la, ocorreram vários disparos em direção ao veículo onde estava JC. As testemunhas afirmaram ainda que, quando atingida pelos disparos, a camionete estava em velocidade aproximada de 70 km/h.

Segundo Resende, não cabe à Polícia Civil relacionar o resultado do laudo com as eleições. O delegado informou que concluirá o inquérito e informará à Justiça Eleitoral o resultado.

Ciente que a análise pericial sobre o caso possa ser contestada, o diretor geral do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves reafirma que os peritos criminais se valeram de métodos científicos. "Quem contestar a perícia sobre esse caso, nesse contexto que foi apresentado, que solicite à justiça para apresentar provas científicas que mostrem uma dinâmica contrária", disse Celso Mascarenhas.

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