Justiça Eleitoral desenvolve combate à desinformação com DNA próprio para o Brasil

Programa foi apresentado à UFPA, que aderiu ao enfrentamento de mentiras nas redes sociais

Valéria Nascimento
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O Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ), da Universidade Federal do Pará, é o mais novo parceiro da Justiça Eleitoral no enfrentamento à desinformação eleitoral. O trabalho feito para combater as mentiras e a desinformação foi apresentado no auditório do ICJ, na noite desta terça-feira (30), no campus da UFPA, no bairro do Guamá, em Belém.

Um público de advogados, alunos do curso de Direito, pesquisadores e pessoas envolvidas com as eleições de outubro próximo conheceu o conjunto de medidas criadas no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para enfrentar a desinformação focado especialmente na formação de parceiros, a exemplo do uso das plataformas digitais e de perfis nas redes sociais.

Lotado na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Vitor de Andrade Monteiro observou que a Justiça Eleitoral tem consciência do tamanho do desafio. "A gente percebe que não há uma bala de prata. Uma solução única para esse combate. Ele exige uma série de atuações e de agentes do processo, como a própria Justiça, os partidos políticos e a sociedade civil", afirmou o servidor do TSE, presente no evento.

Parcerias com Universidades e grandes plataformas digitais 

O servidor do TSE, Vitor Monteiro, informou que o programa criado no âmbito do TSE foca, em especial, na formação de parceiros. Ele disse que dos 32 partidos políticos do Brasil, 30 são parceiros do programa, assim como universidades federais, a exemplo da UFPA, que formalizou a parceria nesta terça-feira.

"Chegamos a 160 parceiros e a rede não está fechada, ao contrário, está aberta a adesões", disse Vitor Monteiro. Também são parceiras do programa de enfrentamento à desinformação, 12 grandes plataformas digitais como Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai. Elas assinaram acordos com o TSE para o combate à disseminação de desinformação no processo eleitoral 2022.

Pela Verdade Eleitoral

O ICJ, da UFPA, também criou um perfil, que já está em uso nas redes sociais, batizado de 'Pela Verdade Eleitoral". Professor titular do ICJ, Antônio Maués observou que, na prática, qualquer cidadão com acesso à internet pode fazer duas coisas importantes no combate às mentiras nestas eleições.

Primeiro, afirmou Antônio Maués, consultar os sites que combatem à desinformação, como o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); e acessar perfis como o "Pela Verdade Eleitoral', criado pelo próprio ICJ, da UFPA. "A segunda ação é difundir as informações checadas, combater os boatos, contribuir, por meio das próprias redes sociais e das conversas nos locais de trabalho, nas escolas e nas universidades, para fazer esse combate".

"O enfrentamento da desinformação eleitoral é algo que precisa ser feito e pode ser feito por toda a cidadania e isso o mundo digital, que, muitas vezes, é a origem das fake news, ele também tem os meios para que nós possamos combatê-las", acrescentou Antônio Maués.

Maués explicou que o perfil, criado pelo ICJ "Pela Verdade Eleitoral" será municiado por informações produzidas pela Justiça Eleitoral e por professores e alunos da UFPA, para difundir somente as informações checadas e verdadeiras.

"O perfil Pela Verdade Eleitoral é uma criação dos estudantes do ICJ e pode ser buscado no Instagram (@pelaverdadeeleitoral), e também no Facebook", destacou o professor.   

Justiça Eleitoral brasileira na vanguarda  

O advogado Diogo Conduru ocupa a vaga da advocacia no Tribunal Regional Eleitoral do Pará e compôs a mesa oficial do evento, na UFPA. Ele frisou que a Justiça Eleitoral brasileira não exerce a censura, não cercear os discursos e ao mesmo tempo consegue qualificar a informação. 

"O TSE sai na vanguarda, porque isso é algo que foi criado pela gente, (por brasileiros), e certamente será exportado para o mundo todo e já está sendo. E o mais legal é que é na mesma linguagem da internet e rápido. Como é que chega a desinformação? Ela chega num post do Instagram, por exemplo. Naquele mesmo post, já aparece a mensagem da Justiça Eleitoral, ou seja, eu clico na mensagem e já vou poder checar a informação", explicou o advogado Digo Conduru.

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