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Eleições no Pará: técnicos que vão atuar em regiões estratégicas concluem treinamento

São 36 localidades que irão receber equipe de Tecnologia da Informação. Em todo o Estado, são 434 pontos de transmissão via satélite

Keila Ferreira
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Com diversas localidades distantes e de difícil acesso, o estado do Pará possui características que exigem da Justiça Eleitoral planejamento detalhado e equipe capacitada, para garantir que o resultado das eleições seja conhecido dentro do horário previsto. Na quinta-feira (15), o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA) concluiu o treinamento dos técnicos que vão para as regiões mais remotas, trabalhar na transmissão desses resultados. São 36 localidades estratégicas no território paraense que irão receber os técnicos de Tecnologia da Informação da Justiça Eleitoral, que possui, em todo o Estado, 434 pontos de transmissão via satélite.  

“O treinamento vem para aprimorar as informações para fazer o melhor trabalho, garantindo que as zonas entreguem o resultado no horário. Esse ano tem mais um desafio: a questão de aglomeração, de população mesmo, e é mais difícil no interior, por ser uma eleição municipal”, declarou a analista judiciária Priscila Campos Fonseca, com a experiência de quem já foi chefe de cartório por dez anos, em Ponta de Pedras, Marapanim e Mocajuba. Em 2020, ela dará apoio presencial na 35ª zona, que abrange Baião e Mocajuba, e ajudará o cartório com a parte de logística, organização dos técnicos de urna e satélite.

O treinamento realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral a essas pessoas começou na terça-feira (13) e terminou na quinta. A Secretaria de Tecnologia da Informação, que conduziu a capacitação, é responsável pela parte técnica da votação eletrônica e pela logística de resultados, destacando técnicos para serem alocados nas cidades do interior do Estado, principalmente os locais que têm mais pontos de transmissão, em especial aqueles que possuem conectividade via satélite, que requer uma atenção diferenciada devido aos riscos como o atraso no resultado.

Assim que um pleito se encerra, começa o planejamento da eleição seguinte. Técnica e supervisora da Central de Serviços do Tribunal Regional Eleitoral, Tamara Gomes atuará novamente na região Oeste, no município de Oriximiná, mesmo local que trabalhou nas eleições de 2018. Ela comentou sobre estratégias e ações tomadas pela Justiça Eleitoral para contornar situações tão peculiares da nossa região.

“A nossa grande dificuldade lá é o momento da seca dos rios. Em 2018, já no primeiro turno, fomos surpreendidos com uma rota que secou e de última hora a gente teve que usar um cavalo, porque a lancha não passava, para levar a urna. O técnico tinha que chegar a uma seção para levar a urna e fazer a vistoria também. Apesar de estar seco, você não podia usar moto, porque o terreno não permitia”, relata. “A gente tem área indígena que vai de avião, área quilombola, que leva 14 horas para chegar. Se no primeiro turno de 2018, que era outubro, estava seco, imagina agora no primeiro turno, que é em novembro. São esses desafios que a gente enfrenta, nesses locais que nós temos que ir. Vamos ter outros colegas em Juruti, Terra Santa, que é a mesma realidade”, completou a técnica.

Em 2016, Tamara atuou no Marajó, oferecendo suporte em Cachoeira do Arari e Santa Cruz. A logística, na ocasião, exigiu uso de helicóptero e barco, além de transporte terrestre também. “Nós somos designados pra tentar contornar essa logística complexa que tem, com nossas experiências, tentar fazer da forma melhor, colocar pontos de transmissão em locais estratégicos e fazer a melhor eleição”.

Com estre treinamento, o TRE tem caminhado para a fase do processo final de preparação para as eleições 2020. Este ano, o primeiro turno de votação ocorre no dia 15 de novembro. Nas cidades com previsão de eventual segundo turno, os eleitores podem ser chamados para comparecer às urnas novamente no dia 29 de novembro.

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