Deputados apoiadores de Bolsonaro falam em usar armas após ex-presidente Lula convocar militância

Durante evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Lula sugeriu que a militância sindical ‘pressione’ deputados e seus familiares na casa deles

O Liberal
fonte

Em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizado na última segunda-feira (4), ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que a militância sindical "incomode a tranquilidade" e pressione deputados e seus familiares, indo na cada deles para garantir a aprovação de propostas que interessam ao setor em um eventual governo petista, a partir de 2023. Deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiram às declarações. As informações são do Jornal Folha de São Paulo.

VEJA MAIS

image Lula sentiu

O deputado federal Junio Amaral (PL-MG), por exemplo, publicou um vídeo em que aparece carregando uma pistola enquanto explica onde fica sua casa, em Contagem (MG). “Estarei pronto para um bela e calorosa recepção. Sejam bem-vindos!”, diz a legenda. "Vou esperar vocês lá. Tanto sua turma, como você. Vai lá conversar com a minha esposa, com a minha filha. Vocês serão muito bem-vindos", declarou, na gravação.

Carla Zambelli (PL-SP) informou que está protocolando denúncia contra o ex-presidente Lula por estimular o crime de assédio contra mulheres e filhos de parlamentares. Ela disse ainda que "pregar bala" em militantes que "mexerem" com o filho e avisou, também em vídeo, que na casa dela vigora a legítima defesa.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) divulgou a fala de Lula nas redes sociais com as hashtags #ptnuncamais e #lulanacadeia e outras em defesa do pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Outro apoiador do presidente, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) questionou se nesse caso o ministro Alexandre de Moraes (do Supremo Tribunal Federal) pedirá a prisão do ex-presidiário por essa ameaça ao Parlamento.

Incomodar a tranquilidade

As declarações de Lula que incomodaram os bolsonaristas foram dadas para uma plateia de sindicalistas, enquanto fazia uma análise sobre as derrotas das pautas sindicais no Congresso Nacional nos últimos anos. "Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília", declarou o ex-presidente.

Ele também defendeu uma contrarreforma em questões que interessam aos trabalhadores caso seja eleito e reforçou que será preciso contar com o Congresso Nacional.

"Aqui não tem ninguém inocente. Vocês sabem que qualquer coisa que a gente quiser fazer vai ter que passar pelo Congresso", disse.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA