Caso Marielle: delegado preso é suspeito de ter recebido R$ 400 mil para bloquear investigação

Rivaldo Barbosa foi promovido a chefe da Polícia Civil uma semana antes da morte de Marielle. Durante esse período, nenhuma investigação significativa avançou neste caso.

O Liberal
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Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foi detido neste domingo (24) na mesma operação que alvejou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco. Desde 2019, Barbosa está sob escrutínio da PF.

Em maio daquele ano, o delegado da PF Leandro Almada, atualmente superintendente regional da PF no Rio, elaborou um relatório confidencial recomendando que Barbosa fosse investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio). A razão: havia suspeitas de que o então chefe da Polícia Civil do Rio teria recebido uma propina de R$ 400 mil para obstruir as investigações sobre o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

O relatório afirmava: "Houve suspeitas de possível corrupção envolvendo funcionários da Delegacia de Homicídios, especialmente o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e funcionários a ele associados, especialmente os líderes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios".

Como desdobramento da operação de hoje da PF, a investigação também se estenderá aos que, desde 2018, quando o assassinato ocorreu, impediram as autoridades de investigar, plantaram pistas falsas e obstruíram o progresso das apurações - predominantemente políticos e policiais.

A prisão de Rivaldo Barbosa já sinaliza isso. Ele ocupava o cargo de chefe da delegacia de Homicídios do Rio quando o crime foi planejado e, uma semana antes da execução de Marielle, foi promovido a chefe da Polícia Civil. Durante esse período, nenhuma investigação significativa avançou neste caso.

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