Aras pede ao STF que intime cúpula da CPI da Covid sobre vazamento de dados
Os alvos do requerimento são o senador Omar Aziz, que foi presidente da comissão, e o senador Renan Calheiros, que atuou como relator no colegiado

Após notícia-crime formulada pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que intime a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid para prestar esclarecimentos sobre suposta divulgação de informações sigilosas durante os trabalhos do colegiado. Segundo Carlos Bolsonaro, o relator da CPI, Renan Calheiros, leu trechos de um inquérito com decretação de sigilo judicial durante a oitiva do ex-Secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten, em 12 de maio passado. O sigilo da peça foi retirado em 4 de junho. As informações são da Agência Estado.
Calheiro alega que a investigação da CPI seguiu "critérios técnicos" e não teve o objetivo de vazar o inquérito. "Não houve vazamento de absolutamente nenhuma informação sigilosa", declarou. Além de Renan, o requerimento de Aras tem como alvo o senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente da comissão, alegando que ele "presenciou os fatos e quedou-se inerte, sem adotar providência alguma, mesmo sendo devidamente provocado".
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O senador Omar Aziz não se manifestou até a publicação desta matéria.
Instaurado em 2020, o inquérito sobre o qual o PGR pede esclarecimentos estava sob a relatoria do ministro do STF Alexandre de Moraes e investigava a organização e o financiamento de atos antidemocráticos ocorridos em Brasília. Em julho de 2021, pouco menos de um mês após o levantamento do sigilo, o ministro determinou o arquivamento da peça.
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