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Após assumir CMN, general aponta desafios

Com 44 anos de Serviço Militar, general João Chalella Junior tem vasta experiência profissional dentro e fora do país, que aplicará na defesa das fronteiras amazônicas

Laís Santana
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O Comando Militar do Norte (CMN), sediado em Belém, é comandado desde agosto deste ano pelo general João Chalella Junior, 60 anos, natural do interior de São Paulo. Com 44 anos de Serviço Militar, o general Chalella em seu currículo uma vasta experiência profissional dentro e fora do país. 

Ele foi Observador de Paz das Nações Unidas (ONU), e na década de 1990 esteve presente no conflito armado mais prolongado e violento da Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Bósnia. Na capital dos Estados Unidos, chefiou a Comissão Brasileira do Exército em Washington (CBEW), uma das unidades mais sensíveis e importantes da Força Terrestre, responsável pela aquisição de todos os seus equipamentos no exterior.  

Em sua trajetória no Brasil, continuou se mostrando um profissional de alto nível. Foi instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro, responsável pela formação dos futuros comandantes e generais. O general Chalella também foi instrutor da mesma escola do Exército de EL Salvador. Além disso, tem experiência em interlocução política desde que chefiou a Assessoria Parlamentar do Gabinete do Comandante do Exército, cuja tarefa é o diálogo com os três poderes da República, em particular com o Poder Legislativo.  

Antes de ser designado o novo comandante do Norte, o general Chalella, que também tem formação em Gestão Estratégica pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), chefiou a 2ª Região Militar (SP), uma das principais interlocutoras com a indústria de defesa nacional e por onde passa a maior parte dos produtos controlados e fiscalizados pelo Exército. A Região também administra o Hospital Militar de Área, o mais moderno do Exército Brasileiro.

À frente do CMN, ativado em junho de 2013 e planejado com objetivo de ampliar a capacidade operacional, o gerenciamento administrativo e a capacidade de emprego do Exército na Amazônia Oriental, que equivale a cerca de 20% de todo território nacional, o general Chalella define a nova função como desafiadora.  

“Estar a frente do CMN representa um grande desafio, pois estamos dando continuidade a implantação de um grande comando numa área estratégica do país”, afirma. 

A Amazônia Oriental compartilha fronteiras terrestres com a Guiana, Suriname e Guiana Francesa (território francês) e abriga a Foz do Rio Amazonas – a porta de entrada na Amazônia via Oceano Atlântico, importante detalhe quando se trata de defesa do território nacional.

Desde que foi ativado, o CMN já participou de diversas operações militares envolvendo ilícitos transnacionais e ambientais, algumas vezes em parceria com países vizinhos. Também já atuou em ações de Defesa Civil, principalmente no socorro às vítimas de enchentes e catástrofes naturais no sul dos estados do Pará e Maranhão. Assim como no combate aos incêndios na Amazônia. 

Mesmo com tantos desafios, o CMN já conta com cerca de doze mil militares, distribuídos pelos quartéis da região, alguns, inclusive, desenvolvem atividades bastante peculiares e com forte teor tecnológico, caso do recém-criado Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica. Outro exemplo é o futuro Batalhão de Aviação do Exército, que estará sediado em Belém e abrigará helicópteros militares com grande capacidade de transporte de tropas. 

“Tem sido uma rica experiência, pois estamos aprofundando o conhecimento sobre a nossa área de responsabilidade, que além da biodiversidade, infraestruturas estratégicas e recursos naturais, possui uma rica cultura”, ressalta o comandante.

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