A caminho da África, autoridades paraenses em missão internacional são recebidas em Portugal

O objetivo da comitiva é firmar a cooperação internacional e solidária em várias áreas.

O Liberal
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A comitiva da I Missão Internacional Integrada de Cooperação Solidária Amazônia Paraense & Guiné-Bissau (Missão África) chegou a Lisboa, em Portugal, nesta segunda-feira (23), para uma série de reuniões prévias ao evento no país africano, que começa nesta terça (24), e seguirá até o sábado (28). Na capital lusitana, a comitiva formada por autoridades paraenses reuniu com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com universidades. Os diálogos giraram em torno de intercâmbios e do convite para participar da COP 30, a convenção das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que acontecerá em Belém, em 2025.

Integram a comitiva, os deputados estaduais Carlos Bordalo (PT) e Lívia Duarte (PSOL), presidente e vice da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do EStado do Pará; o secretário estadual de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SEIRDH) Jarbas Vasconcelos do Carmo; pela promotora de justiça Lilian Braga, do Núcleo de Promoção da da Igualdade Étnico-Racial do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA); a advogada Meire Costa Vasconcelos; e a professora Jacqueline Freire, do projeto Djumbai de educação popular e antirracista da Djumbai, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Na reunião com o secretário-executivo da CPLP, Zacarias Costa, e a sua equipe, a comitiva tratou, entre outros assuntos, sobre elaborar mecanismos de reparação histórica ao Brasil e aos países africanos. “Na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa previmos para 2025 uma rodada de conversações, oficinas e colóquios para delinear uma agenda para a COP 30, em Belém, além de que abrimos portas para futuras cooperações na área da agricultura, segurança alimentar, cultura e intercâmbios acadêmicos e dos nossos centros de ciência e tecnologia”, informou Bordalo.

image Professora Jacqueline Freire (UFPA), deputado Carlos Bordalo, o vice-reitor da Universidade de Lisboa, João Alberto, ao lado de Isabela França do Departamento de Relações Externas e Internacionais da instituição, deputada Lívia Duarte e a promotora de justiça Lilian Braga. (Divulgação)

Na Universidade de Lisboa, o grupo foi recebido pelo vice-reitor, Professor Dr Paulo Farmhouse Alberto, onde também tratou sobre condições de permanência da comunidade brasileira, que é a maior entre os acadêmicos estrangeiros em Portugal. Já no Instituto Universitário de Lisboa (ICSCTE), a comitiva foi recebida pelas professoras Clara Carvalho e Mônica de Castro, do Centro de Estudos Internacionais. Ainda, a comitiva participou da Conferência “Amazônia & África: Memórias, Ancestralidades e Cooperação Solidária por Justiça e Direitos Humanos”, realizada por professores dessas instituições. 

Cabo Verde

Se antecipando à agenda da Missão África, a deputada Lívia Duarte (PSOL) esteve no sábado (21) em Cabo Verde, na cidade de Praia, onde tratou da cooperação com as deputadas da Assembleia Nacional Carla Carvalho, Paula Curado e Eveline Ramos; com a presidenta da Associação Caboverdiana de Luta Contra a Violência Baseada no Gênero, Vicenta Fernandes; e com cantor, compositor e instrumentista Manuel di Candinho, ex-vereador da Vila de São Domingos de Cabo Verde, e com agentes culturais daquele país. “Fui bem recebida, e, em meu nome, o estado brasileiro, com todo carinho e deferências na Assembleia Nacional cabo-verdiana. Muitos projetos e conquistas virão para as mulheres negras do Brasil e de Cabo Verde”, afirmou.

Guiné-Bissau 

Na terça-feira (24) a comitiva chegará à cidade para uma série de reuniões agendadas com ministros da educação e da cultura, o governador da cidade de Cacheu, a embaixadora do Brasil no país, a Assembleia Nacional Popular (ANP) e ONGs, além da visita ao Memorial de Cacheu e Museu da Escravatura, ao Porto de Bissau, monumentos históricos e escolas.

Bordalo detalhou que, em Guiné-Bissau, a comitiva pretende recolher subsídios para implantar em Belém um museu ou memorial da escravatura, além de estimular futuros estudos de investimentos de empresas paraenses na Guiné-Bissau e vice-versa. “Esperamos que, no retorno, tenhamos tecido laços de comparação que ajudem a fortalecer a atuação do legislativo e do executivo paraense com Portugual e Guiné-Bissau”.

 

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