A Câmara Municipal de Belém foi às ruas em 2021, afirma Zeca Pirão

De acordo com presidente do Legislativo municipal as prioridades para 2022 serão emprego e renda

Eduardo Laviano
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A geração de emprego e renda será a prioridade da Câmara Municipal de Belém (CMB) em 2022, segundo o presidente da Casa, vereador Zeca Pirão (MDB). Em entrevista para O Liberal, ele celebra a boa relação do parlamento com a Executivo, defende os grandes empreendimentos na orla da cidade e diz querer sessões itinerantes de 15 em 15 dias pelos bairros de Belém. A versão integral da entrevista está disponível no código QR desta página. 

Qual a sua avaliação da atuação do parlamento nesse primeiro ano da legislatura que começou em 2021?

Foi um ano muito ruim, não para a Câmara em si, mas para todos nós, para a população, [com] tudo que nós passamos e estamos passando ainda. Mas para a Câmara foi um ano muito produtivo, um ano que apesar de nós termos perdido muita gente aqui na Câmara, as pessoas, os funcionários antigos, alguns se foram e nos deixaram muito tristes, mas, na parte de produção, de melhorar a vida das pessoas, de nós nos envolvermos com os projetos da prefeitura, todos os projetos da prefeitura que vieram pra cá pela primeira vez foram votados unanimemente em 48 horas. Isso nunca aconteceu. Isso foi de tantas conversas, de tantas reuniões que nós fizemos. Com isso, nós demos um salto muito grande dentro de Belém, e este ano que vem nós vamos melhorar mais ainda, porque nós entendemos, e nós sabemos porque nós andamos desde cedo nas baixadas de Belém, nas ruas de Belém, nós sabemos o que está se passando com a população. Hoje o maior problema que nós temos é o desemprego, aonde nós vamos as pessoas estão desempregadas, é muita gente desempregada e muita gente passando fome, necessidade. Então, com isso, nós resolvemos quebrar esses vetos que estão proibindo o desenvolvimento no nosso município. Vou te dar um exemplo: ontem mesmo esteve aqui um dono de supermercado, que é nacionalmente [conhecido]. Quer abrir diversos atacados aqui em Belém, supermercados aqui em Belém, mais de 9. Só aí, pode gerar mais 6 mil empregos diretos, só uma empresa. Então com isso nós resolvemos a partir de fevereiro começar a fazer a votação para abrir espaços nos bairros de Belém para poder dar a possibilidade dessas empresas se instalarem e gerar o mais rápido possível empregos, tanto supermercados, a parte de shopping, lojas, vamos fazer prédios comerciais, residenciais, abrir. Porque você há de convir que Belém é a única capital do Brasil que as orlas não têm investimento. Um dos problemas é a questão das secretarias de meio ambiente, que ainda estão com aqueles pensamentos de 20 anos, 30 anos atrás. A tecnologia mudou, hoje em dia você transforma água de esgoto em água potável, então tem muita tecnologia nova que a gente pode conversar e diminuir o sofrimento da população. Eu acho que essa vai ser a nossa maior briga dos vereadores, fazer, construir uma maneira de gerar renda e emprego para a população.

O transporte público também foi um tema bem recorrente aqui nas sessões, e também nas sessões itinerantes. O senhor inclusive chegou a falar na abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, pois a situação estava calamitosa. Como é que o senhor avalia isso? O que vem por aí?

Eu dei um prazo, até agora em dezembro, para as empresas se manifestarem. Falei com o prefeito, que não tinha condições de ficar como estava. Mosqueiro estava precário, Icoaraci, Outeiro, tudo precário. O que está acontecendo é que agora começaram a levantar aonde estão os problemas, as prioridades. Pegaram Outeiro, estão mandando quase 50 ônibus pra lá a mais. Já tem mais ônibus em Outeiro, ontem mesmo por coincidência eu cobrei isso do prefeito, sobre essa questão, e ele disse que já tinha uma outra linha lá em Outeiro, já tem uma outra linha lá em Mosqueiro, agora o problema que eu estou verificando é na Baía do Sol, que é uma área distante de Mosqueiro que está com problema de transporte e eu já estou começando a mexer na prefeitura e na Semob pra ver o que está havendo e poder colocar a disponibilidade de ônibus lá. Então, tudo a gente está vendo conforme as coisas estão acontecendo. Nós precisamos dessa licitação do transporte coletivo, ela já saiu do TCM, já há uns dois,  três meses, já está na prefeitura para alinhar essa licitação, e vamos cobrar, porque com essa licitação, cada ano nós temos 10% para ser colocado de ônibus com ar condicionado na frota trocada. Quer dizer, todo ano nós vamos ter 170, 180 ônibus com ar condicionado, ônibus novos. Então a oportunidade é agora, a prefeitura colocar essa licitação, chamar quem quer trabalhar, ver aí os chineses, os grupos chineses que querem colocar ônibus elétricos, para colocar em prática, vamos nos movimentar, estamos aqui pra cobrar, fiscalizar e cobrar do Executivo. Então, a primeira etapa agora, assim que começar a legislatura, é cobrar essa licitação para transformar nossa cidade com um transporte coletivo mais digno.

O senhor falou bastante da rapidez com que os projetos da prefeitura chegaram e foram aprovados aqui, como é que o senhor avalia a relação do Legislativo com o Executivo?

Você sabe que todo Legislativo tem suas diferenças, partidárias, de ideologia, tem uns que não gostam, outros que gostam, mas num contexto geral, nota 10. Porque quando chega no resumo final da discussão final, há um consenso, há um entendimento das pessoas, até da oposição, que são poucas pessoas aqui da oposição, mas tem um consenso de que o que interessa é a população de Belém. Ninguém prejudicou, todos os 35 vereadores foram unânimes em ajudar a população, então isso pra mim é o mais importante e eu estou muito feliz mesmo de ver os vereadores envolvidos, não partidários, mas na situação da população. Isso pra mim é o mais importante, eles terem a consciência de que estão ali, foram eleitos pelo povo, então têm que lutar pela população, então isso pra mim é prioridade.

O que mais acha importante destacar?

Pela primeira vez a Câmara Municipal de Belém tem ido pra rua discutir os problemas junto com a comunidade, fomos para o distrito de Mosqueiro, Icoaraci, Outeiro, vamos para Cotijuba, aí vamos pra Marambaia, Sacramenta, Guamá, Jurunas, Telégrafo, por tudo que é bdEairro nós vamos andar, pra gente poder estar perto, escutando as reivindicações da população. A gente está aqui [na Câmara] mas as pessoas não têm dinheiro nem pra vir aqui fazer a reivindicação delas. Eu quero ver agora se eu faço de 15 em 15 dias. Os vereadores que estão eleitos, prometeram não cumpriram, estão apanhando. Então essa é uma das maneiras que eu estou fazendo de quem prometeu e não cumpriu responder no seu bairro lá para a população.

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