No Dia da Água, esporte une conexão com a natureza, alívio da ansiedade e projeto social

Uma chuva fina e insistente cai sobre a madrugada de Belém. São cinco horas e a alvorada se aproxima do Rio Guamá. Ricardo Boto, atleta e fundador do clube de canoagem Marear, foi o primeiro a chegar na marina localizada na avenida Bernardo Sayão. Todos que vão chegando e cumprimentando Boto vieram por causa deste esporte aquático que tenta se firmar em Belém, onde chegou há cerca de dez anos e viveu um boom de procura durante a pandemia. Bancários, engenheiros, estudantes, aposentados, donas de casa. Encontraram na canoa polinésia a cura para males como sedentarismo, depressão, estresse e ansiedade, através da conexão com a água da Amazônia. Enquanto rema e orienta as doze pessoas distribuídas nos dois cascos da embarcação, Boto vai contando a história da civilização polinésia e um pouco da sua. Pratica esportes aquáticos desde a adolescência, virou engenheiro ambiental, trabalhava numa grande mineradora, um dia cansou e decidiu retomar a relação com a água. Deixou o trabalho como engenheiro, teve uma filha, fundou o grupo de canoagem há cinco anos e dois projetos sociais, o Koru e o Apoena, voltado para jovens e PCD’s, respectivamente. Reportagem: Igor Wilson Imagens: Everaldo Nascimento Produção: Andréia Santana (sob supervisão de Pedro Cruz)

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