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VÍDEO: Saiba tudo sobre como doar sangue durante a pandemia; entenda quem pode e quando ajudar

Tire suas dúvidas para seguir doando mesmo com quadros de covid-19 e agenda de vacinação. Redução foi de até 40% na doação de sangue no Pará e a Fundação Hemopa intensifica ações voluntárias

Dilson Pimentel

A covid-19 impactou na redução de até 40% no comparecimento do voluntariado na hemorrede estadual. Isso fez a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), que é responsável pela Política Estadual do Sangue, intensificar ações de incentivo à doação voluntária de sangue para manter estoque regular com o intuito de assegurar atendimento transfusional satisfatório da rede hospitalar pública a privada.

Boa parte da redução da procura pode ser dar por causa das dúvidas dos doadores nesse momento dos casos agravados pelo coronavírus: quem pode e como doar? Há segurança? Quanto deve esperar que já se vacinou ou teve contato com a doença?

Agendamento por telefone e grupos


Entre as estratégias mantidas e intensificadas pelo Hemopa estão o agendamento de doação de sangue pelo 08002808118 (ligação gratuita).

Também há a Caravana Solidária, que garante transporte de pequenos grupos de doadores aos serviços de coleta de sangue.

Outra opção de captação que será fortalecida é a maior atuação do corpo clínico da rede hospitalar junto aos familiares e amigos de pacientes internados, o que deve contribuir para a melhoria do atendimento transfusional.

Titular da Gerência de Captação de Doadores (Gecad), a assistente social Juciara Farias disse que a Fundação Hemopa depende fundamentalmente da constituição de parcerias dentro de sua rotina de captação. “Um dos segmentos muito importante é adesão da rede hospitalar, porque é pra lá que o sangue é disponibilizado”, disse. “O apoio do corpo clínico, de uma maneira em geral, é fundamental para fomentar a promoção da coleta de sangue entre  familiares de paciente e a sociedade como um todo. Isso é um apelo de vida”, afirmou.

image Pandemia reduziu estoques: presença dos doadores segue fundamental (Akira Onuma / O Liberal)

E quem teve a covid-19?


Quem teve covid-19 também pode voltar a doar sangue - só precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve esperar 14 dias após o último contato.

Como faz quem se vacinou?


Quem recebeu a vacina Coronavac / Butantã, deve esperar apenas por 48 horas para voltara  doar sangue, após cada uma das doses.

Já as demais vacinas o candidato deve aguardar por 7 dias, após cada dose, para voltar a ajudar o. Se o candidato à doação de sangue não souber qual imunização fez, só poderá voltar a doar sangue após 7 dias.

O que é preciso para a doar sangue?

 
O cidadão que deseja fazer a doação de sangue precisar seguir os critérios básicos:
- Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal);
- Pesar mais de 50 quilos;
- Estar em boas condições de saúde;

- Não ingerir bebida alcoólica 12h antes da doação;

- Ter intervalo entre doações de dois meses para homens e três meses para mulheres;

- No momento do cadastro, é obrigatório apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho);
- Mais informações: 08002808118 

Onde doar sangue?

Para doar sangue, o voluntário pode ir até uma das 11 unidades de coleta da hemorrede estadual, no Pará. Confira aqui o endereço das unidades do Hemopa e seu horário de funcionamento.

Hospitais também podem ajudar


As ações de humanização para incentivo deste ato solidário podem ser exercitados também por meio de realização de campanhas internas e hospitais, acionando as unidades de coleta do Hemopa em Belém e no interior do Estado.

De acordo com dados da Gecad, no primeiro trimestre de ano, foram realizadas 16 campanhas em parceria com unidades hospitalares. A mais recente ocorreu no dia 7, em parceria com o Hospital Ophir Loyola, por meio da Caravana Solidária.

Por que o cenário da pandemia pede mais atenção?


Coordenadora da Agência Transfusional do hospital, a enfermeira Leonice Carvalho disse que, sem pandemia, o estoque ainda sofre dificuldades. E, agora, com a covid-19, o cenário pede mais atenção. “Motivar os servidores para a doação de sangue é imprescindível para ajudar a atender a demanda, principalmente, pelo perfil do hospital, pois os nossos pacientes são os que mais fazem transfusão, tanto de hemácias como de plaquetas”, afirmou.

“Motivar os servidores para a doação de sangue é imprescindível para ajudar a atender as demandas do perfil do hospital. Nossos pacientes são os que mais fazem transfusão, tanto de hemácias como de plaquetas”, diz a coordenadora da Agência Transfusional do hospital Ophir Loyola, a enfermeira Leonice Carvalho

O incentivo à doação de sangue é uma constante no Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém, que desenvolve ações de educação em saúde, por meio do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), junto aos usuários, acompanhantes e colaboradores, com a promoção de palestras, distribuição material educativo.

Com Agência Transfusional (AT) própria, abastecida pelo Hemopa, a unidade hospitalar efetivou o atendimento 135 solicitações transfusionais de janeiro a março deste ano, para usuários internados em tratamento.

Segundo a responsável Técnica da AT, a biomédica Aline Pardauil, a pandemia tem causado um grande impacto também no abastecimento dos estoques de hemocomponentes. No entanto, o consumo de sangue é diário e contínuo.

 “Por esse motivo, é de extrema importância a reorganização do processo de doação de sangue, a sensibilização dos familiares de pacientes internados, campanhas nas redes sociais e, principalmente, o trabalho com o uso racional de sangue, a fim de garantir  a vida e a segurança hemoterápica a quem precisa. Se faz necessário trabalhar com a captação e sensibilização de doadores diariamente, além de reforçar a importância em doar sangue, antes da administração da vacina”, disse.

Pedreiro virou doador depois da cirurgia do filho


Na manhã desta segunda-feira (12), o pedreiro Carlos dos Santos Ribeiro, 46 anos, compareceu à Fundação Hemopa, em Belém. “Venho para ajudar as pessoas que precisam de sangue. O que a gente puder fazer pra ajudar, a gente faz. Dar um apoio. Salvar vidas”, disse. Ele é doador há mais de seis anos.

“Um tempo atrás, meu filho precisou de muito sangue. Quando tinha um ano de idade, ele fez uma cirurgia no coração. Mas, graças a Deus, está bem, sob cuidados. Faz tratamento, tudo. E sempre precisa. E sempre estou doando”, afirmou, lembrando que, à época, fez campanha pedindo sangue para seu filho.

“Um tempo atrás, meu filho precisou de muito sangue. Tinha um ano de idade e fez uma cirurgia no coração. Graças a Deus, está bem, sob cuidados. Faz tratamento, tudo. E sempre precisa. E sempre estou doando”, conta o pedreiro Carlos Ribeiro

image Carlos Ribeiro: realidade do banco de sangue vivida na própria família o levou à doação (Akira Onuma)

A contadora Cris Pinheiro, 42 anos, também esteve no Hemopa pela manhã. “A primeira vez que doei tinha 18 anos e foi porque a minha mãe precisou. A partir de então, sou doadora todo ano”, disse. “A única coisa que faço de errado é só que venho uma vez. Mas eu venho uma vez”.

“Minha mãe precisou de sangue por causa de uma cirurgia. Eu faço isso todo ano. Faço questão de vir todo ano”, justificou (com informações da Fundação Hemopa).

“A primeira vez que doei tinha 18 anos. Foi porque minha mãe precisou. A partir de então, sou doadora todo ano. A única coisa que faço de errado é só que venho uma vez. Mas eu venho. Faço questão", brinca Cris Pinheiro

image Cris Pinheiro: há três dácadas ajudando o banco de sangue (Akira Onuma / O Liberal)

 

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