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Segup alega redução de crimes no Carnaval de 2020

Bombeiros apontam queda significativa na quantidade de pessoas nos balneários

Victor Furtado
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A operação "Carnaval seguro por todo o Pará", da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), encerrou na segunda-feira (2). Nesta terça-feira (3), em entrevista coletiva, o órgão apresentou os resultados dos esforços, apontando uma redução do número de roubos, homicídios, latrocínios, estupros e importunação sexual, nas 51 localidades de atuação. Um dado curioso foi revelado pelo Corpo de Bombeiros Militares (CBM): menos pessoas foram vistas nas praias. As razões para isso são diversas.

Foram empregados 2,2 mil agentes de segurança de diversas áreas no reforço. Esses servidores usaram 109 viaturas, 20 embarcações e três aeronaves. A operação começou no dia 21 de fevereiro, no final de semana que antecedeu as festividades de carnaval e seguiu até o fim do final de semana seguinte. A metodologia foi diferente da aplicada em outros anos, já que a movimentação pelas festas costuma esticar.

As estatísticas apontam 46 crimes violentos letais intencionais (CVLI), que são o homicídio, o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte. Isso representa 21% a menos que em 2019, quando o carnaval teve 58 ocorrências. Quanto a roubos, foram registrados 984 casos — cerca de 28% a menos que em 2019, quando houve 1.327 registros. Os dados são de todo o Pará.

Apesar de todas as campanhas de respeito às mulheres no carnaval, como a "Não é não", ainda ocorreram 11 estupros. Foram 35% menos casos que em 2019, que teve 17 registros. Os casos de importunação sexual tiveram uma redução maior: foram seis ocorrências neste ano e 14 no ano passado (57% a menos). Todos os dados de reduções se refletem na Região Metropolitana de Belém.

"É uma cobrança constante, da sociedade e da imprensa, sobre como fica o policiamento e a segurança, na RMB, por conta do carnaval. Mas também apresentamos redução nos casos e tivemos planejamento por conta dos desfiles da Aldeia Amazônica, dos blocos e do Circuito Mangueirosa. Foram sete registros de CVLI (63% a menos que em 2019); 537 roubos (30% a menos); um estupro (86% a menos); e uma importunação sexual (67% a menos)", comentou o titular da Segup, Ualame Machado.

O comandante geral do CBM, coronel Baima, pontua que o número de atendimentos e prevenções aumentou por ter ocorrido aumento do efetivo de bombeiros. Mas, ainda assim, duas coisas aumentaram neste ano, em comparação com o carnaval de 2019: o número de acidentes de trânsito com pessoas feridas (36 casos, 177% a mais) e o número de afogamentos não fatais (12, 500% a mais).

"Tivemos menos público do que nos últimos anos. Foram 951 mil pessoas neste ano e 1.433.800 em 2019. Talvez as pessoas tenham preferido ficar em casa, por conta das programações, dos bloquinhos, condições econômicas, clima. Mas se eles não estavam lá, nós estávamos para garantir a segurança e a tranquilidade. Também localizamos cinco crianças, que foi 67% a mais que no ano passado", comentou Baima.

Nos 16 municípios onde atuou, o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA) focou em ações educativas em bares e festas, principalmente com o público infanto-juvenil. O esforço foi de 85 agentes, que aplicaram 4.548 autuações (99 por dirigir embriagado) e atenderam a 18 acidentes (nenhum fatal). A infração mais cometida foi dirigir moto sem capacete.

Entre as novidades deste ano, a Polícia Militar apresentou um estudo sobre as ocorrências. Os crimes de latrocínio ocorreram na terça, entre 18h e 0h; os de homicídio na quarta, entre 18h e 0h; e de lesão corporal entre 0h e 6h, mais na Quarta-Feira de Cinzas. Junto com a Polícia Civil, foram feitas 680 prisões; recuperados 35 carros e 67 motos roubados ou furtados; apreendidas 58 armas de fogo e 52 armas brancas; e apreendidos 3,6 quilos de drogas.

Também, em operações conjuntas da PC, da PM e do CBM, foram fiscalizados 180 estabelecimentos comerciais, sendo 93 deles autuados e outros 29 com atividades encerradas; 23 trios elétricos; 38 casos de poluição sonora em estabelecimentos e 53 em veículos. Também houve um total de 19.332 pessoas abordadas; 2.846 carros, 6.207 motos, 2.207 vans, 1.427 bicicletas e 104 ônibus fiscalizados.

"Todas essas informações já serão usadas para nosso planejamento para a operação no ano que vem, sabendo onde atuar de forma mais efetiva. Mas este foi o carnaval mais seguro da história", concluiu o comandante geral da PM, coronel Dilson Júnior.

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