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Pará já registrou 107 casos de câncer de cabeça e pescoço neste ano

Diagnóstico tardio compromete enfrentamento da doença

O Liberal

O dia 27 de julho é uma data para reflexão sobre a prevenção ao câncer de cabeça e pescoço. A cada ano, mais de 40 mil brasileiros são diagnosticados com a doença. O diagnóstico tardio é um dos principais entraves para o enfrentamento desse câncer. De acordo com o Governo do Estado, em 2019, o Pará apresentou 472 casos novos e, em 2020, 387 casos novos, e até o dia 5 de julho deste ano, 107 casos novos foram registrados segundo os dados do Painel Oncologia, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Em Belém, o Hospital Ophir Loyola (HOL), Centro de Alta Complexidade em Oncologia, tem 1.338 pacientes em tratamento contra o câncer de cabeça e pescoço, 687 do sexo masculino e 651 do sexo feminino. Ao final do primeiro tratamento, o hospital conseguiu estabilizar 74% dos casos e tirou os doentes do risco de óbito

Alerta

A Federação Internacional das Sociedades Oncológicas de Cabeça e Pescoço instituiu o dia 27 de julho, em 2014, como a data mundial de conscientização e combate a essa doença, com a campanha Julho Verde. Entidades e especialistas da área de saúde intensificam a conscientização sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento deste tipo de câncer.  

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o tumor é o segundo mais incidente em homens, ficando atrás somente do câncer de próstata, e o quinto nas mulheres, atrás do câncer de mama, tireoide, cólon e reto. Esse câncer engloba tumores malignos na boca, orofaringe, laringe (cordas vocais), nariz, seios nasais, nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide.  O diagnóstico tardio diminui as chances de cura e contribui para a necessidade de tratamentos invasivos com sequelas faciais e funcionais (deglutição, fala e voz) e afetam a qualidade de vida dos pacientes.

“Cerca de 60% dos casos são descobertos em fases avançadas, isso ocasiona a redução das chances de cura e o aumento na taxa de morbimortalidade dos pacientes”, destaca Deise Nunes, coordenadora da Divisão de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Ophir Loyola, referência estadual em oncologia.

A capacitação dos profissionais da atenção básica na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço é imprescindível para a atenção aos sinais e sintomas da doença.

Sintomas

Deise Nunes orienta para os sintomas, como caroço no pescoço, dificuldade/dor ao mastigar ou engolir, dentes moles ou dor em torno deles, mancha avermelhada ou esbranquiçada na boca, mudança na voz ou rouquidão, irritação ou dor na garganta e mau hálito frequente, que durem por duas semanas ou mais. “Caso sejam identificadas essas alterações, um médico ou um dentista deve ser consultado, tais manifestações também podem ser ocasionadas por outras condições clínicas”, alerta.

Em adultos, mudanças nos estilos de vida ajudam a reduzir as chances de desenvolvimento da doença. O tabagismo associado ao alcoolismo é responsável de 80% dos casos. A infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), devido à prática de sexo oral sem proteção, ocasiona de 30 a 40% dos tumores da cavidade oral e de garganta e está cada vez mais frequente em indivíduos jovens, menores de 45 anos.

Prevenção

“É preciso manter uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, bons hábitos de higiene oral, proteger-se contra o sol e evitar exposição solar excessiva e prolongada, praticar sexo seguro, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e fazer a vacinação de meninas, entre 9 e 14 anos, e meninos, entre 11 e 14 anos, contra o HPV, além de realizar autoexame para identificar qualquer anormalidade e procurar auxílio”, disse a cirurgiã.

Para dar início ao tratamento no Hospital Ophir Loyola, os pacientes devem ser encaminhados com a biópsia comprovando câncer pela Unidade Básica de Saúde ou Secretaria Municipal de Saúde do Município de origem via sistema de regulação. Na Divisão de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HOL, são providenciadas reconstruções pós-operatórias, prestada assistência de pacientes acometidos por câncer de tireoide, além da atuação de equipe de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial, enfermagem, fonoaudiologia, nutrição, terapia ocupacional, psicologia e serviço social.

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Pará
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