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Naufrágio na Ilha de Cotijuba: movimento realizará manifestação em Salvaterra e Belém por justiça

Na próxima semana, o acidente completa um ano. Familiares das vítimas e dos sobreviventes dizem que as irregularidades nas viagens aquáticas no Marajó e para quem pretende vir de lá para a capital paraense

Saul Anjos
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O naufrágio da embarcação “Dona Lourdes II”, que terminou com a morte de 23 pessoas (13 mulheres, seis homens e quatro crianças), vai completar um ano na próxima sexta-feira (8). Neste dia, moradores do Marajó e de Belém, incluindo familiares e amigos das vítimas que morreram, por meio do movimento “Vidas Marajoaras Importam”, pretendem se reunir Porto da Foz do Rio Camará, no município de Salvaterra, onde foi o último ponto de parada da lancha.

No dia 12 deste mês, será feito um segundo ato. Dessa vez, a capital paraense será o local da manifestação. O grupo planeja seguir até a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), para buscar melhorias para o transporte no Marajó e da vinda a Belém.

José Antônio Serra Siqueira, 43 anos, está à frente da organização do evento em Belém. Ele é familiar de uma das 23 vítimas do naufrágio e de dois dos 66 sobreviventes e soube do ocorrido pelas redes sociais. A irmã dele, Ana Lídia da Serra Favacho, 35 anos, morreu no acidente. Ela estava acompanhada do filho pequeno, que tinha 2 anos e 3 meses na época, e da mãe, Guilhermina da Serra, 77 anos. Os três vinham à capital para a realização de uma consulta médica.  A mãe de José Antônio e o sobrinho dele, o filho de Ana Lídia, conseguiram sair com vida do acidente.

Após esses 358 dias desde o naufrágio da “Dona Lourdes II”, José afirma que a Justiça não foi feita. “Não foi feito absolutamente nada. A gente vai na Delegacia Fluvial e mandam um advogado para obter informações. O Ministério Público pouco faz. Até para conseguir falar com o falar com o promotor é difícil” disse. 

De acordo com ele, o movimento “Vidas Marajoaras Importam” vai ser importante para dar voz aos familiares das vítimas, à população do Marajó e às vítimas que se foram. “O movimento é importante para ir atrás de justiça. É um grito pelas pessoas que se foram, os sobreviventes e a população marajoara. O naufrágio vai completar um ano desde que aconteceu e nada mudou. Vai ser a maneira de termos voz”, relatou José.

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