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Hemopa comemora abertura a doações de voluntários LGBTQ+ e alerta para queda em estoques na pandemia

Doações já caíram 40% após circulação do coronavírus: campanha 'Junho Vermelho' quer aumentar número de coletas no Pará

Dilson Pimentel, com informação da Agência Pará
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Assim como todos os hemocentros da hemorrede brasileira, o Hemopa confirmou esta segunda-feira (15) que também já está coletando sangue de voluntários LGBTQ+, atendendo a decisão do mês passado do Supremo Tribunal Federal (STF) - e que já foi acolhida pelo Ministério da Saúde e está sendo cumprida pelos hemocentros do Brasil. No Dia Mundial do Doador de Sangue, festejado neste domingo 14 de junho, data também importante à visibilidade dos movimentos LGBTQ+, um alerta importante foi dado: no Pará, houve 40% de diminuição do número das doações de sangue no cenário de pandemia e ém preciso uma reação da rede solidária.

Para marcar a data, o hemocentro do Pará fez comemoração virtual ao lado da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Belém, a Fundação Hemopa está com iluminação vermelha na sua fachada para atrair atenção de antigos e novos doadores. A ação também alerta para o “Junho Vermelho”, cujo objetivo é aumentar o número de coletas nas unidades do Hemopa na capital paraense e interior.

Doações caíram em todo o mundo


A redução do comparecimento de doadores no Pará acompanha a tendência sofrida por hemocentros mundo afora. Tanto assim, que o tema da campanha da OMS para o Dia Mundial do Doador de Sangue é "O sangue seguro salva vidas", com o slogan "Doe sangue e torne o mundo um lugar mais saudável". O intuito é o de parabenizar e agradecer aos voluntários da causa que salva vidas no planeta. 

O professor Dirceu Souza, de 38 anos, é doador de sangue e também faz parte do banco de cadastro do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Agora, ele também é um doador de plaquetas, por aférese. "Pra mim é uma satisfação fazer a doação. Muitas vezes, eu mesmo ligo para o Hemopa para saber se estão precisando do meu tipo sanguíneo", contou o solidário professor Dirceu Souza.

Dona de casa, Luana Silva é mãe de Darlison Luan, que necessita de transfusão de sangue regular, e reconhece a importância do ato de doação. "Meu filho precisa de transfusão de sangue todos os meses. Se não tiver sangue, ele fica fraco, debilitado. É muito triste para qualquer mãe ver seu filho sem vida. Só posso agradecer a todos os doadores de sangue pela atitude".

Presidente da Fundação Hemopa, Paulo Bezerra disse que o Dia Mundial do Doador de Sangue é dia de agradecimento. “É um momento de agradecer esse gesto de generosidade aos doadores e doadoras que, inclusive, estão atendendo nosso convite para manter a coleta regular de sangue para atendimento transfusional da rede hospitalar. Em meu nome e de todos os servidores da hemorrede, nosso muito obrigado”, afirmou.

Voluntariado segue forte


O microeemprededor André Medeiros Branco, de 49 anos, esteve na sede do Hemopa, na manhã desta segunda-feira (15). “Doar sangue é um ato de amor. A gente salva vidas, ainda mais nesse momento em que as pessoas estão com medo e, também, precisando de sangue. E muita gente se afasta do hemocentro. Vale a pena a pessoa fazer esse esforço e vir aqui no Hemopa e fazer essa doação de sangue. Isso é uma caridade também. Muitas pessoas querem fazer a caridade e não sabem como. Doar sangue é um ato de caridade também”, afirmou ele, que é doador há quase 10 anos.

André Medeiros Branco esteve na sede do Hemopa esta segunda-feira. “Doar sangue é um ato de amor. A gente salva vidas, ainda mais nesse momento. Vale a pena a pessoa fazer esse esforço e vir ao Hemopa. Muitas pessoas querem fazer a caridade e não sabem como. Doar sangue é um ato de caridade também”, diz ele, que é doador há quase 10 anos

image André Medeiros Branco: "doar sangue é um ato de amor" (Fábio Costa / O Liberal)

Ele doava mais na unidade Castanheira. O Hemopa tinha as unidades de coleta do Castanheira e do Pátio Belém. Porém, como elas são pequenas e poderia correr o risco de aglomerar, estão fechadas desde março. O Hemopa está com a unidade Batista Campos, em Belém. E mais 8 unidades no Estado: Abaetetuba, Altamira, Capanema, Castanhal, Marabá, Redenção, Santarém e Tucuruí.

image Estoque de sangue pode enfrentar desafios em julho (Igor Mota / Arquivo O Liberal)

Desafio na coleta de sangue é diário, diz Hemopa


Paulo Bezerra estendeu os parabéns às instituições parceiras públicas e privadas que colaboraram com o Hemocentro na captação e coleta de sangue. “Estamos enfrentando desafio diário na coleta de sangue, mas graças ao importante apoio e novas estratégias, estamos conseguindo atender a demanda de transfusão no Pará”.

A Fundação Hemopa coleta cerca de 150 bolsas de sangue na sede da instituição. Segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), 1,6% da população brasileira doa sangue, regularmente, isso significa 16 a cada mil habitantes.  O índice está dentro do recomendado: entre 1% e 3% da população de cada país, porém é sempre importante manter os índices para que não haja escassez para a rede hospitalar.

No Pará, o Hemopa possui serviços de coleta em Belém, Castanhal, Marabá, Santarém, Altamira, Abaetetuba, Capanema, Redenção e Tucuruí.

Quem pode doar

- Para ser um doador de sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos;
- Menores de idade devem estar acompanhados do responsável legal;
- É preciso ter mais de 50 quilos;
- Deve-se estar em boas condições de saúde;

Como doar

- Antes de ir para a unidade de coleta, esteja bem alimentado;
- No momento do cadastro, o voluntário deve apresentar um documento de identificação oficial, original e com foto que pode ser o RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho;
- Mulheres podem doar de três em três meses e homens, a cada 60 dias.

Para informações:

- A sede da Fundação Hemopa funciona na avenida Serzedelo Corrêa esquina com a rua dos Caripunas.
- Mais informações nos telefones: (91) 3110 6500 / 0800 280 8118.

image Campanha chama doadores durante junho (Fábio Costa / O Liberal)
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