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Hanseníase: Pará registrou, até 30 de novembro do ano passado, 1.272 casos da doença

Este mês é o “Janeiro Roxo”, dedicado à conscientização sobre a doença

Dilson Pimentel e Fabyo Cruz

Até 30 de novembro do ano passado, foram registrados, no Pará, 1.272 casos de hanseníase. Em 2021, foram 1.608 casos e, em 2020, 1.632. As informações foram divulgadas, nesta terça-feira (3), pela Secretaria de Estado de Saúde Pública. Este mês é o “Janeiro Roxo”, dedicado à conscientização sobre a doença. Sobre o atendimento na rede pública, a Sespa esclareceu que o diagnóstico e o tratamento de hanseníase são realizados em todas as Unidades Básicas de Saúde dos municípios do estado do Pará.

Edimilsom Picanço, coordenador em Marituba do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), lembra que além do “Janeiro Roxo”, há o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, celebrado no último domingo do mês de janeiro, além das datas próprias dos estados e municípios para a realização do  “Dia D” das campanhas locais. “A importância das campanhas serem efetuadas é que a gente possa discutir melhor a questão da hanseníase, minimizar os preconceitos que ainda existem sobre a doença, feitas por falta de informações", afirmou.   

Fatores como falta de investimento e vacina fazem com que a hanseníase ainda persista como problema de saúde pública no Brasil, afirma Picanço. “Precisamos também de mais capacitação dos profissionais de saúde, sobretudo nos municípios, porque como há uma grande rotatividade de profissionais, o estado e o município capacita os profissionais, eles vão para outros lugares, e depois é preciso capacitar todo mundo de novo, aqueles que ficaram nos lugares dos que saíram”, disse o coordenador do Morhan.       

Sobre a Hanseníase

A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, atinge pele e nervos, e quando não tratada pode causar incapacidades físicas e deformidades. A doença acomete pessoas de qualquer sexo e idade. A transmissão se dá por meio de vias aéreas respiratórias (pelo ar), através do convívio prolongado com paciente sem o tratamento.

Principais sinais e sintomas são: lesões ou manchas na pele (esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas) com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato); formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas, que evoluem para dormência (a pessoa se queima ou se machuca sem perceber); áreas com diminuição dos pelos e do suor; diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés; edema de mãos e pés com arroxeamento dos dedos e ressecamento da pele.

O diagnóstico é essencialmente clínico epidemiológico, realizado por meio de exame da pele e dos nervos, para identificar lesões com alteração de sensibilidade e alterações motoras. O tratamento é realizado através da associação de medicamentos, fornecidos gratuitamente pelo SUS, disponíveis em qualquer unidade de saúde.


Onde encontrar atendimento

O medicamento é gratuito e também está disponível em todas as Unidades de Saúde. Não existe hospital de referência, mas existe a Unidade de Referência Especializada Dr. Marcello Cândia, de gestão estadual, localizada em Marituba, que oferece atendimento ambulatorial de segunda à sexta-feira das 8 às 17 horas.

Atende pacientes com situações mais complexas que fogem à capacidade das unidades básicas. Para ser atendido, o usuário deve ser encaminhado com Guia de Referência pelo município de origem. Normalmente, após o atendimento, o usuário é encaminhado de volta para a UBS com sua prescrição e orientações, para dar continuidade ao seu tratamento no município de origem. No município de Santarém, há uma Unidade de Referência de Especialidades em Saúde (Ures), que também atende casos mais complexos da doença.

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