Feira de Adoção responsável encontra lar para 15 cachorros

“Não é escolher um animal bonito, é imaginar que ele estava sofrendo, foi maltratado e precisa de um lar”, afirmou o secretário de Meio Ambiente de Marituba (Semma), Fernando Braun, sobre a importância de uma adoção consciente. Na manhã deste domingo (23), a Praça Matriz recebeu primeira Feira de Adoção de Cães e Gatos realizada no município encontrou uma nova casa para 15 cachorros resgatados das ruas.

Todos os animais foram atendidos pelo projeto AUmigos de Marituba, da Semma, e passaram por um processo de cuidados e quarentena para serem disponibilizados à adoção. Eles são entregues vacinados e terão acompanhamento veterinário, e os novos “pais e mães” precisam assinar um termo de responsabilidade, informando endereço e outros dados para que o órgão possa fazer o acompanhamento dos cuidados que os animais estão recebendo. 

“Qualquer dificuldade que a família tenha, a gente vai dar suporte. Caso a pessoa queira fazer o castramento, também fazemos. O importante é dizer que a adoção precisa ser responsável. Vamos acompanhar, porque tem gente que quer animal, mas às vezes não sabe cuidar”, declarou Fernando, acrescentando que há outros 31 animais sob os cuidados da Semma para serem disponibilizados para adoção no dia 12 de junho, durante a 2ª Feira, que será realizada durante a Semana do Meio Ambiente de Marituba.

O secretário reforça: o princípio de uma adoção não é buscar uma raça, é ter carinho. “Cachorro não é só comida e água, eles precisam de cuidado e carinho. Aqui nós criamos o Programa Municipal de Proteção Animal, e recebemos denúncias maus-tratos, de abandono, e sempre aparece essa necessidade de adoção”, explicou Fernando, lembrando que todos os animais adotados hoje levaram uma caminha ecológica e personalizada como brinde. 

A Duda foi uma das escolhidas para ganhar um novo lar nesse domingo. A Gabriele, de 10 anos, sempre quis ter um cachorrinho, mas por ainda ser bem pequena há não muito tempo, a mãe, Vany Castro, não permitia, por saber das responsabilidades que cuidar de um animal demandavam. “Tivemos a Esmeralda, mas quando pegamos tivemos dificuldade de cuidar, a Gabriele era muito pequena, não tínhamos tempo de dar atenção e minha mãe acabou ficando e cuida dela até hoje. Sempre disse que se tivéssemos cachorro, ela teria que ajudar nas tarefas”, afirmou a cozinheira.

Os pedidos para ter um cachorrinho começaram no ano passado e, a princípio, seria um da raça poodle, mas a própria Gabriele sugeriu a adoção. “Ela mesmo perguntou por que não adotávamos ao invés de comprarmos, dizendo que tinham tantos cachorrinhos precisando de um lar, de carinho”, afirmou a mãe, e a filha completou: “Eu estou muito feliz ao lado dela”, se referindo à Duda.

Pipoca também encontrou um novo lar com Lucenildo e Paula Angelim. O trabalhador de serviços gerais do Hospital Divina Providência conta que foi avisado por uma amiga sobre a feira, e que há um tempo buscava um novo amor peludinho para confortar a falta que fazia o Faísca, seu antigo cachorro.

“O cachorro que tínhamos antes faleceu, e somos só nós três em casa. Acho ótima a ideia de fazer uma feira de adoção, porque tem muito cachorro abandonado e isso é muito triste. O que mais gostei é que ele é muito parecido com o Faísca”, compartilhou, se referindo a uma memória afetiva já construída com o filhote.

O projeto AUmigos de Marituba faz parte das ações da Semma do município e envolve uma série de ações de cuidados com animais abandonados nas ruas, e/ou machucados após sofrerem algum acidente, além de receber denúncias de maus-tratos. O objetivo é que os animais resgatados, após receberem todos os cuidados da equipe de médicos veterinários, fiquem aptos para serem adotados.